Tudo arrefece, até as comemorações dos dias bonitos e felizes, como foi o memorável 25 de Abril, magnificamente caracterizado pela nossa poeta maior, Sophia de Mello Breyner Andresen.
Claro que me faz confusão que este dia ainda não seja de todos (claro que não estou a falar da gente que fugiu para Espanha e para o Brasil...), que 45 anos depois ainda existam manobras divisionistas, quase sempre partidárias. Algo que se nota mais do que devia, um desses exemplos é Almada.
Apesar destas pequenas coisas continua a saber bem dizer, em conjunto, com gritos ou não, "25 de Abril Sempre!", ou desejar feliz dia da Liberdade, como desejei à minutos aos meus cunhados...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Chamem-lhe melancolia, ou o que quiserem... mas gosto desta fotografia... não invoquem os porquês... faltam-me palavras...
ResponderEliminarGostei de ver a senhora na mesa, com o cravo à solta, Sammy.
EliminarE depois tirei a fotografia de forma a ela poder ser uma pessoa qualquer, tentando deixar no ar espaço para pensar e reflectir, porque 45 anos são 45 anos...
Para quem não viveu o 24 de Abril, não tem grande importância o 25 de Abril. Para os jovens que nasceram e têm sempre vivo em Liberdade, o que dizemos da ditadura, tem sabor a conto da carochinha. Talvez que a culpa seja nossa, que não lhe soubemos passar a verdadeira história da ditadura, e da revolução que acabou com ela.
ResponderEliminar25 de Abril sempre.
Abraço
Sim, Elvira. É preciso conhecer o outro lado...
EliminarNão penso que a culpa seja nossa, deve ser assim em todo o lado.
E por vezes não explicamos tudo, por que não calha em conversa...
Ontem ao almoço, acabámos por falar da Revolução em família. Os meus filhos não sabiam o que era o PREC, lá lhes expliquei, e acabámos por falar de muitas mais coisas, inclusive de a maior parte das aldeias portuguesas não terem água canalizada e luz eléctrica antes de Abril...