domingo, setembro 28, 2014

80 Anos, Nem Sempre Belos


Brigitte Bardot faz hoje 80 anos e merece ser recordada aqui no "Largo", por várias razões.

A primeira, pela beleza e sensualidade que transportou para as salas de cinema, ainda por cima numa época que teve de competir com as "deusas" de Hollywood e também com algumas italianas (Sophia Loren, acabou de fazer a mesma idade...), quando o cinema da bela Itália era respeitado (e adorado...) em quase todo o mundo.

Talvez BB - como se tornou mundialmente conhecida - tenha beneficiado da herança iniciada por Marilyn Monroe, que tanto valorizou as louras, pelo menos no mundo dos homens. Talvez... 

Claro que Brigitte não morreu cedo para alimentar o mito, mas deixou de fazer filmes muito antes do seu prazo de validade expirar (com apenas 39 anos), o que também a ajudou a permanecer "viva" no mundo das estrelas. 

A partir do seu adeus ao cinema começou a ser notícia pelas suas declarações polémicas (algumas racistas e homofóbicas) também e pelo seu papel na defesa dos animais.

Quando tentam menorizar a inteligência das "louras", não podem dar o exemplo de BB. Ainda esta semana num documentário francês (Canal France 2) disse: «Representei a liberdade, a juventude e a felicidade. Hoje não sou assim.» Provavelmente, quando abandonou a Sétima Arte, sabia que não poderia representar por muito mais tempo estas três boas variações humanas, nem se quereria sujeitar a outros papeis, que não o seu.

Não sei até que ponto ela foi importante para as mulheres portuguesas (nós homens nunca sabemos muito bem...), mas penso que lhes transmitiu um ar fresco e permitiu que se usassem roupas mais leves e garridas, num país que primava por manter as janelas e portas quase fechadas para o exterior.

2 comentários:

  1. A BB foi mais importante pela "liberdade" de atitudes que transmitia do que propriamente como actriz. Foi bom que a lembrasses...
    Um abraço, Luís.

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  2. acredito, Graça.

    ela foi uma lufada de ar fresco na Europa.

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