Mesmo ausente de férias foi impossível passar ao lado dos temas escolhidos pela comunicação social para marcar as "nossas agendas", pelo menos nas páginas dos jornais e nas notícias televisivas (a rádio quando estava sintonizada só nos dava música...).
Vi a entrevista de Carlos Queirós na SIC e percebi que a sua vaidade e a presunção são mais fortes que a sua contenção. Ganhava mais em ficar calado, pois não dizia tantos disparates, como comparar um "polvo" com uma "nuvem". A falar desta maneira até coloca contra si aqueles que percebem o que está por detrás da "coisa"...
E claro, era impossível passar ao lado das sentenças (tardias) do "processo Casa Pia", com condenações que muitos de nós achávamos improváveis, devido a todas as "cortinas de fumo" e "notícias fabricadas" que foram colocadas na (e pela) comunicação social ao longo dos oito anos que este pesadelo durou e que nos entrou pela casa, diariamente durante anos, sem pedir licença.
Uma boa parte de nós rege-se pelo instinto. Sem conhecer o processo ao pormenor, sente que fulano é culpado e beltrano inocente. É provável que este "instinto" tenha sido influenciado pelas notícias que fomos lendo, vendo e ouvindo.
O que muitos não pensariam é que aquilo que começou por ser um processo político, o primeiro, descaradamente político, montado por uma direita do mais rasteiro que há, que até teve a minúcia de retirar os nomes ligados ao PSD e PP da lista de suspeitos (é aqui que não percebo o papel da Polícia Judiciária e do Ministério Público, ou então sou forçado a perceber, fazendo fé nos processos políticos seguintes...), condenasse os arguidos com tantos anos de prisão.
Apesar dos gritos e das conferências de imprensa inflamadas a clamarem "justiça", após a sentença e da confusão (e falta de isenção) a que nos habituou a comunicação social, continuo a acreditar muito mais nos juízes e nas vitimas que nos arguidos.
Agora é tempo de recursos, mais tempo de espera (como este óleo de Michelle del Campo indicia...), mais tempo de confusão com novos episódios da divulgação e manipulação do processo, deitando cá para fora apenas as partes que interessam a quem continua a ter muito poder...
terminadas as férias ,e o tempo de "jibóiar" ,retomo a leitura diária dos blogues do meu contentamento .nem sempre comento ( como sabes ) mas todos os dias retenho algo novo ....
ResponderEliminar...e ,mais uma vez ,sem engano ,perco.me na leitura deste excelente texto que subscrevo ,na íntegra
.
um beijo
obrigado, Gabriela.
ResponderEliminarOlá Luís :-)
ResponderEliminarNão posso deixar de dizer que concordo contigo. Prefiro acreditar na capacidade profissional dos juízes e nos testemunhos das vítimas, do que nas belas encenações televisivas dos arguidos.
sem dúvida, Vera...
ResponderEliminare olá também para ti.