Digam o que dizerem, ser artista é qualquer coisa. É querer estar ligeiramente acima do comum dos mortais, é puder deixar algo aos outros, que não desapareça no dia seguinte. Sim, como por exemplo os jornais, que a minha mãe usava quando embrulhava aquele arroz de tomate saboroso, que levava para a praia, quando fazíamos praia o dia inteiro...
É por isso que é de todo legítimo, que qualquer jornalista tenha a ambição de publicar um livro, ou que um fotojornalista queira fazer uma exposição de fotografia artística.
Acho bem que o Rui, além de tirar fotografias para os jornais, também queira explorar o seu ofício com um olhar mais abrangente, capaz de comunicar de uma outra forma, mesmo que os seus retratos não digam mil palavras, mas apenas novecentas e noventa e nove...
Força e não ligues aos complexos que existem por aí. Se há alguém habilitado para escrever livros, será o jornalista, que faz da escrita a sua vida. Se há alguém habilitado para publicar álbuns e fazer exposições de fotografia, será o fotojornalista, pelas mesmas razões.
Claro que é importante querer fazer diferente, ter talento para deixar uma marca pessoal, o que é cada vez mais difícil, diga-se de passagem.
Do que não existe qualquer dúvida, é que ser Artista, é qualquer coisa.
Nota: A foto faz parte do filme memorável, "Persona", de Ingmar Bergman.
a fotografia é fantástica! um beijo, luís.
ResponderEliminarnão se escolhe ser_se artista
ResponderEliminaré_se!
Nao sé si se escoge o no...pero no se improvisa de un dia para otro..es algo latente que te acompaña...en cualquier faceta de tu vida.
ResponderEliminarUn beijo
pois é, Alice, de um filme emblemático de Bergman.
ResponderEliminarhá quem escolha sim, Ivone.
ResponderEliminaro Sócrates, por exemplo (estou a brincar).
sim, é algo que faz parte de nós, Momo...
ResponderEliminarSabes que quando eu era pequena e se faziam verdadeiros piqueniques, também a minha mãe embrulhava o arroz de tomate em jornais antes de o levar para a praia?
ResponderEliminarQue saudades, só te digo!!!
Beijinho, Luis.
também tenho saudades, e dos panados deliciosos, Ana...
ResponderEliminarvelho truque, que sei dar um resultadão. do arroz de tomate não tenho grandes saudade, por cultivá-los cá em casa. estão quase no ponto para grandes saladas com um cheirinho de oregãos e arrozadas a companhar um "peixinho do nosso mari" :)
ResponderEliminarforça ao Rui. não vale sempre a pena? o poeta diz que sim.
pois vale, diz o poeta e a vida, Maré...
ResponderEliminar