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Normalmente não atravesso a Ponte de comboio. Prefiro as viagens de Cacilheiro. Calhou. Aceitei a "boleia" do Rui que mora no Seixal.
Durante a viagem quase curta, conversámos sobre muitas coisas. E claro, olhámos as pessoas que nos rodeavam. Foi através destes olhares que ele disse: «Já reparaste que à medida que as pessoas se vão afastando da Capital, a sua pele começa a escurecer?»
Pode parecer uma frase crua, mas não foi dita com esse sentido. E, infelizmente, a cor da pele também se cola à pobreza, por muito que dela se tente escapar...
Claro que não é um problema português. Passa-se o mesmo nas grandes cidades europeias. Em Paris, Londres ou Madrid, também é assim...
(Fotografia de Luís Eme - Margem Sul)
Não percebi logo, pensei nos ares mais puros fora da cidade.
ResponderEliminarPor aqui andamos misturados!
Ab
(Ontem fui ao Barreiro, concelho onde trabalhei na década de oitenta. Fui de boleia com o meu filho que tinha uma reunião de trabalho para andar pela cidade e depois regressar de barco à Capital... E embora já não existam sinais de poluição, nem aquele cheiro a enxofre - entre outras coisas - nos dias de nevoeiro, as pessoas são mais "morenas" que as de Almada, Rosa...)
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