Acabei por ficar a ver e gostei bastante, por ser um filme diferente, com uma excelente interpretação de António Banderas, que faz o papel de Salvador Mallo, um realizador inactivo devido aos seus problemas físicos e psicológicos.
A forma como são retratados - aliás, filmados - os seus dias, sem esconder ou "dourar" os dramas, valoriza bastante esta fita.
Felizmente podem-se fabricar "coincidências", tanto nos filmes como livros, que raramente a vida permite. Talvez a mais curiosa seja o desenho com dedicatória que fez várias viagens (sabe-se lá por onde), até que, passados cinquenta anos, volta, finalmente, às mãos de Salvador. Há também a peça de teatro descoberta por Federico (fala do amor conturbado entre ele e Salvador...), e um reencontro que acontece também vários anos depois, por um dos tais acasos, que às vezes (poucas) acontecem, nas nossas vidas...
Não deixa de ser um acto de coragem, o realizador espanhol, filmar-se a ele próprio, mesmo que use o António Banderas como o seu "alter-ego".
Às vezes faz-nos falta ver filmes que retratam a vida tal como ela é, sem se utilizarem grandes artifícios ou truques cinematográficos.
Não vi o filme, mas fiquei com vontade de ver.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.
Para mim é um bom filme, Graça.
Eliminarmas eu não tinha qualquer expectativa em relação ao filme.