Por breves momentos até nos levam a pensar que "podemos mudar o mundo", torná-lo ligeiramente melhor... Mas são apenas momentos.
Mesmo assim não devia ter dito que há profissões que "são para sempre", e que jornalista era uma delas. Soou a presunção. Mas não foi nada disso. Foi por isso que fingi concordar, quando o Rui me disse que isso era mania e respondi: «Claro que é mania. Mas é uma mania que não faz mal a ninguém.»
Talvez até exista vaidade quando se diz estas coisas. Lembro-me que fui fuzileiro e que também havia a "mania" de se dizer "fuzileiro uma vez, fuzileiro para sempre". Era algo que nos deixava orgulhosos a espaços e fazia parte do espírito de corpo, que deve estar sempre presente nos grupos especiais.
Dentro do cacilheiro fiquei a pensar que ainda bem que existem profissões que nos fazem sentir estas coisas, mesmo que sejam uma minoria. A maior parte das profissões são "ocupações das nove às cinco", cuja rotina destrói qualquer réstia de orgulho que possa existir naquilo que fazemos.
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Palavras sábias. O que nos redime do absurdo da existência é a capacidade que temos de criar um sentido para as coisas. Dom Quixote é o exemplo por excelência: vê grandes feitos e donzelas onde os outros não discernem senão moinhos ou plácidos rebanhos, toma bodegas por castelos e luta por donzelas que para os outros não passam de galdérias. Quem tem razão? Vá-se lá saber ... É a condição humana.
ResponderEliminarPenso que o exemplo de Dom Quixote é extremo, "Marsupilami", mas é um pouco isso.
EliminarO que seria da vida sem sonhos?
Jornalista,político profissional,também a seu modo as ligadas à Emergência e Saúde,Educação,porque não filósofo ou cientista.Tantas poderão acalentar essa ambição de melhorar o mundo. Embora de boas intenções esteja o Inferno cheio.
ResponderEliminar" Os meus olhos são uns olhos e é com esses olhos uns que eu vejo no mundo escolhos
onde outros,com outros olhos,não vêem escolhos nenhuns.
Cada um é seus caminhos.Onde Sancho vê moinhos D. Quixote vê gigantes". Gedeão.Impressão Digital.
Pois, José.
EliminarA vida é isso, escolhas, sonhos... racionalidades.
Fuzileiro também fui, durante 6 anos e tal. Andei na guerra em África e depois vim tratar da vidinha.
ResponderEliminarO "Tintinaine" ainda foi mais fuzileiro que eu, quando se lutava pela vida, todos os dias, numa guerra estúpida (como são todas sem excepção).
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