Há mais máquinas a fazerem algum trabalho duro que era humano (especialmente na indústria e na agricultura), e mal pago. Mas também existem "máfias" que controlam muito daquele trabalho que se tornou mediático nos últimos tempos, devido às péssimas condições em que muitos emigrantes vivem no Alentejo, e só dão trabalho "aos seus"...
Quando ouço alguns empresários da agricultura sazonal, excessiva e extensiva, a dizerem que "os portugueses não querem trabalhar", sei que eles estão a jogar com as palavras como os populistas, usando meias-verdades e meias-mentiras. Eles nem se quer se preocupam em dar trabalho a quem é cá de dentro, porque por muito pobre que se seja, não se aceita trabalho mal pago e a roçar a "escravidão". Querem é que o trabalho seja feito com o mínimo custo possível (bom dia capitalismo!), sem se preocuparem com as origens ou qualidade de vida dos trabalhadores.
Olhando para a nossa sociedade, deixando para trás estes péssimos exemplos, há profissões que acabaram, quase definitivamente, especialmente na indústria (eu sei do que falo, Almada foi durante anos um grande centro de indústria naval...), mas apareceram outras, graças ao envelhecimento da população. Há muita gente que trabalha para associações que prestam serviços de apoio domiciliário, que antes não existiam. Fico sim, com a sensação que se inverteram os papéis, antes havia mais trabalho masculino e agora há mais feminino.
Claro que nada do que escrevo teve qualquer tratamento sociológico, é apenas baseado no que o "meu olhar alcança" e nas conversas que começam a regressar com alguns amigos, mesmo que a maioria continue a ser ao telefone...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Para as pessoas não qualificadas é o que se está a passar com a agravante do trabalho feminino ser sempre mais mal pago.
ResponderEliminarAbraço
É verdade, Rosa.
EliminarTalvez seja essa uma das razões para empregar mais mulheres que homens...