Acho que nunca falei aqui do meu Pai, ou se falei, foi de uma forma quase invisível.
E aqui há três ou quatro dias, escrevi algumas frases no meu bloco de todas as horas, num daqueles períodos, em que estamos a olhar para essa coisa gigantesca, que é o "nada". Pensei que num dia de mais inspiração, podia transformar estas palavras num poema...
«Lembro-me de ti.
Tenho saudades.
Apetecia-me ver-te, poder dizer-te, olá!
Não precisávamos de falar, Pai.
Só precisávamos de trocar um olhar e um sorriso...»
No domingo fomos passear em família. A fotografia que publico é do meu filho, que tem uma relação com as alturas parecida com o avô. Até lhe contei um episódio, em que eu o meu irmão e ele fomos às pinhas (das boas, as que têm pinhões...). Nós tínhamos vinte e muito poucos anos e ele cinquenta e qualquer coisa. O que é certo é que foi ele que se descalçou e trepou até quase ao cruto do pinheiro enorme, deixando-nos cá em baixo, quase de boca aberta.
Nós que fazíamos desporto e gostávamos de aventuras...
(Fotografia de Luís Eme - Alcácer do Sal)
Espero que tenha passado um bom dia, embora compreenda a sua saudade. Porque a minha também é grande.
ResponderEliminarAbraço
Abraço Elvira.
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