segunda-feira, junho 11, 2018

«Sei que escreve coisas...»


«Sei que escreve coisas...» 

Ela com esta frase curta sintetizou da melhor maneira a minha carreira literária.

Foi fazendo perguntas que eu respondia economizando as palavras, porque era um daqueles dias mais para pensar que para falar...

E se me fez pensar. Talvez  estivesse tudo errado... 

E claro que era vaidoso, por muito que me fingisse um simplório. 

Se fosse mesmo esse gajo simples que gosto de fingir que sou, limitava-se a escrever coisas em cadernos pretos ou sebentas, sem pensar nos outros. 

Cadernos que poderiam dar jeito para acender a lareira no Inverno, quando nos escasseiam os jornais na casa da Beira...

(Fotografia de Luís Eme)

6 comentários:

  1. Não entendo que seja vaidade. Quem escreve coisas escreve-as sempre para os outros. A não ser que se trate de um diário intimo da nossa pessoa. E o sonho de quem escreve é que muita gente o leia. Se gosta ou não já é outro problema, tenho para mim que quem não gosta do que escrevemos não volta. Por isso não penso que isso seja vaidade.
    Um abraço e uma boa semana

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    1. É vaidade, Elvira. Embora não venho mal nenhum ao mundo por isso. :)

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  2. Escrever é assumir riscos. É ficarmos vulneráveis perante quem lê… Continua a escrever, Luís, apesar de tudo, apesar de nada…
    Uma boa semana.
    Um abraço.

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    1. Mas isso acontece sempre, Graça, até nos blogues. :)

      E sim, continuarei. Até porque gosto. :)

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  3. também tu?... :)

    Abraço, Luís

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