quarta-feira, março 02, 2016

Viver no Reino da Estupidez

Só no reino da estupidez é que um avô volta para casa com os netos na mão porque o parque infantil foi ocupado por dois cães, com os seus donos regalados a verem os seus bichos a correrem e a saltarem, fechando os olhos às pequenas paragens para uma "mijinha" ou uma "cagadela".

O velho homem ainda chamou a atenção para uma placa de proibição, mas os dois convivas mandaram-no chamar a polícia.

Por ser uma pessoa educada apenas me disse, quando nos cruzámos, que estamos a viver no reino da estupidez, sem chamar os nomes próprios aos "ocupas" do parque infantil...

Acho que é muito pior que isso. Mas hoje não me apetece ser mau...

(Fotografia de autor desconhecido - do filme "Sinfonia para Hagen")

16 comentários:

  1. As pessoas tendem a confundir as coisas, um cão é um cão. É triste mas uma pessoa acaba por se incomodar com essas coisas e mesmo chamando a polícia, eu pergunto-me o que faziam eles, davam um raspanete aos donos dos cães? e depois, amanhã? faziam de novo :)
    A tua etiqueta está mais que certa, "sociedade" :)

    Beijinhos

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    1. O falar em polícia, já é em si, uma forma de intimidar, Glória (ou de dizer: «estou-me a cagar para ti e para os teus netos.»)

      É o egoísmo, a grande marca social dos nossos dias...

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  2. É mesmo o reino da estupidez... Uma coisa é gostar de animais, outra é achar que eles têm o mesmo direito das crianças... Hoje em dia é moda... Excelente a fotografia.
    Um abraço, Luís

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    1. É uma falta de respeito pelo próximo, Graça.

      Mais um exemplo do vale tudo...

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  3. Luís, isto parece acontecer um pouco por todo o lado...

    Há um parque infantil próximo da minha casa e que não é aconselhável a crianças pela mesma razão.

    Na última vez que fiquei em Lisboa passei os dias a fazer de saltimbanca na calçada portuguesa, para evitar escorregar nos dejectos dos animais que têm donos inconscientes.

    Fico-me por estes dois insólitos...

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    1. Sim, Isabel. São coisas mais normais do que poderá parecer.

      Há mesmo quem prefira ter um cão ou um gato, a um filho...

      (são mais cómodos de facto...)

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  4. pois, gostar de animais é uma coisa, respeitar é outra, e nem todos os donos dos referidos tem essa noção.
    enfim...é como tu dizes um reino de estupidez (mesmo)
    beijinho
    :)

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    1. Sim, Piedade. Isto não tem nada que ver com gostar de animais.

      Isto é outra coisa. É quase o querer transformar os animais em pessoas.

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  5. Pois...
    e parece que a estupidez se pega... perto de minha casa acontece o mesmo. há um passeio que ficou destinado aos animais. e nós, moradores, temos que caminhar na estrada...

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    1. Nesse campo as coisas têm melhorado em Almada, os passeios estão mais transitáveis, Laura.:)

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  6. Reino da estupidez é pouco, Luís! Estamos é no centro do maior estado de egoísmo que se possa imaginar, do salve-se quem puder, da falta de cidadania e do respeito para com os demais. Nomeadamente, para com as pessoas de mais idade e as crianças.
    Estúpida e tacanha, é a mentalidade daqueles que pensam ser a Democracia, um estado em que tudo lhes é permitido fazer. Uma anarquia, um regabofe!!
    Passear os animais, sim, mas com trela e de saquinho na mão para apanhar os dejectos que vão largando pelo caminho.
    Pesadas coimas seria a medida dissuasora, mais adequada...mas qual quê?
    A polícia municipal tem mais o que fazer...:(

    E mais não digo, pois posso dizer de mais!...

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    1. É isso mesmo, Janita.

      É o eu, eu, eu, eu... o tu existe cada vez menos...

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  7. Uma completa falta de respeito para com os outros.
    Muito boa a foto
    Um abraço

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    1. É isso mesmo, Elvira.

      Não sei onde iremos parar. Parece que há gente que só sabe viver em ditaduras, com um polícia em cada sombra.

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  8. Há aqui alguns comentários que até parece que querem atirar a culpa para cima dos cães...

    Talvez até, e também por isso mesmo, é que cada vez parece mais correcto aquele ditado que, ao fim e ao cabo, já não é de hoje: quanto mais conheço os homens...

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    1. Penso que não, Severino.

      Os animais são sempre os menos culpados das acções dos donos.

      E não gosto nada desta tentativa de os "humanizarem". Vejo alguns vestidos na rua e sinto-os tão desconfortáveis, tão "presos" de movimentos...

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