terça-feira, dezembro 17, 2013

Teimosias & Insistências


Sei que não sou o último, nem tenho intenções de fechar a porta. Mas admito que houve (e deve continuar...) uma grande debandada da blogosfera para o "faicebuque".

É por isso que alguns amigos continuam a insistir e a querer "vender" o produto (e logo agora, que ando cada vez mais avesso a vendedores de tudo, até de banha da cobra...), como se fosse a nona maravilha do universo.

Teimoso como sou (e por vezes "burro", admito...), limito-me a sorrir e a abanar a cabeça, para depois falar do tempo, esse gajo intratável e maldito, que vai roubando minutos às horas, sempre que pode, e dizer que tenho outras coisas para fazer na vida, para além de usufruir do virtuosismo da virtualidade. Os blogues chegam (e não são apenas quatro, Ana, há também o da SCALA...).

Embora não tenha a posição radical do Miguel Sousa Tavares, não gosto da forma como se chega ao outro e das suas proporções (grandes demais para mim...) e dos seus exageros.

A prática do jornalismo e da investigação histórica, fizeram com que me tornasse ainda mais rigoroso. E como tal, não me apetece entrar em discussões, das quais uma boa parte das pessoas que opinam não sabem o que estão a dizer. E outras sabem mas mentem, ostensivamente.

Um bom exemplo foi o que aconteceu durante uma discussão no "faicebuque" (para a qual fui convocado por e-mail") sobre a equipa de iniciados do Caldas, da qual fiz parte, tendo como companheiro José Mourinho, entre outros amigos. Quando comecei a ler o que tinham escrito fiquei perplexo, pois já estavam a comparar o Mourinho dos nossos dias com o adolescente de quinze anos, chamando-lhe arrogante, vaidoso, ao mesmo tempo que diziam que até era suplente, entre outros mimos ainda mais desagradáveis...

Claro que não deixei nenhum comentário, porque se o fizesse teria de chamar mentirosos, a todos aqueles que tinham entrado na "festa" (inclusive alguns dos que tinham jogado connosco...), porque o Zé Mourinho desses tempos era um excelente companheiro, sem qualquer tique de vedetismo e foi sempre titular (penso que só não jogou um fim de semana, no qual ficou em Setúbal, onde vivia...). 

Reconheço que este até é um exemplo corriqueiro, que não mexe com a honra de ninguém. Há casos bem mais graves...

Ou seja, gosto pouco da forma desonesta e até ofensiva, como de comenta neste meio de comunicação, onde facilmente se confunde liberdade com libertinagem, tal como se faz nas caixas de comentários dos jornais.  

E é por isso que digo: "faicebuque", não obrigado.

O óleo é de Lídia Simeonova.

7 comentários:

  1. eu também não me sinto cativada pelo face....

    :)

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  2. O facebook não é mau pelo que as pessoas lá dizem. O que dizem lá é o que dizem noutro sitio qualquer. De facto não é entusiasmante este pensamento.

    O pior do facebook é que é um negócio que vive da manipulação das necessidades emocionais das pessoas.

    No blogue as regras são claras. Sei o que mostro e a quem mostro. Eu encontro o que vejo e o que quero ver.

    No facebook as regras estão escondidas. Os clientes do facebook vêm o que o facebook lhes quer mostrar.

    Desafio quem quer que se seja a explicar como é determinado o que o facebook me mostra no mural. Ou as sugestões que me está constantemente a fazer. Deve ser dos segredos mais bem guardados que há.

    Em tempos vi um estudo do facebook sobre o envolvimento neurológico das pessoas no site e fiquei arrepiado. É o admirável mundo novo.

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  3. Ainda a propósito, e como exemplo, ainda agora vejo esta noticia:

    "O Facebook vai começar a vender vídeos publicitários no seus feeds de notícias na próxima semana.
    Os spots publicitários não deverão aparecer mais de três vezes por dia a cada utilizador, revelaram as mesmas fontes, podendo vir a alcançar uma audiência entre o milhão e 2,5 milhões por dia,

    As fontes citadas pelo jornal norte-americano dizem ainda Facebook tenciona cobrar dois milhões de dólares por dia (cerca de 1,4 milhões de euros) para dar a um anunciante acesso a toda a sua audiência adulta."


    Facebook não porque me recuso a ser um sujeito passivo, a comer a mistura que o facebook prepara para me manter entretido e ao mesmo tempo vender-me a quem der mais.

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  4. Não tenho propriamente aversão ao "feicebuque" e até tenho uma página lá. Mas não me perco por lá como me perco pelos blogs. Também prefiro escrever e comentar nos blogs.

    Quanto a "desancar" em alguém, faço-o tanto no "feicebuque" como noutro sítio qualquer. `malho sempre nos mesmos: no "governo" e no escavacado de Belém! Com toda a força!

    Beijinhos e Bom Natal.

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  5. é pelo menos diferente, há mais exposição, Piedade.

    é outro conceito de comunicação.

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  6. sim, "Pedro", há diferenças significativas.

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  7. são coisas diferentes e ainda bem, Graça.

    e podemos escolher, que é o melhor.

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