Provavelmente foi por eu olhar de uma forma estranha, que a Cristina me interrogou:
«Nunca tinhas percebido que se podem coleccionar coisas sem termos de gastar dinheiro?»
Limitei-me a sorrir...
Não era apenas isso. Estava a olhar e interrogava-me o que levava alguém a coleccionar tantos frascos com tonalidades de areia diferentes. Provavelmente a mesma coisa que um coleccionador de pacotes de açúcar ou de latas de bebida, mas...
Também nunca tinha pensado em frascos de areia como elemento decorativo. E eram, desde que fossem colocados no sitio certo, por alguém com um olhar especial.
Não contei, mas havia ali umas cinquenta cores diferentes.
Aproximei-me para ler os rótulos e vi além da sua origem e também a data de recolha e uma frase alusiva ao local, com alguma poesia.
Claro, voltei a sorrir, antes que viesse de lá uma nova interrogação.
O óleo é de Kátia Gridneva.
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