Sem qualquer tipo de pretensiosismo, sei que tenho uma cultura acima da média do português comum. Até por ser um "activista cultural" há pelo menos duas décadas.
É por isso que continuo a ter dificuldade em compreender uma boa parte da gente do Teatro, que raramente têm uma perspectiva formativa educativa para as muitas pessoas que vivem de costas voltadas para os palcos.
Ao folhear recortes de jornais antigos descobri uma frase lapidar de Mário Viegas, que estava longe de ser um adepto do teatro "popularucho e fácil", recolhida numa entrevista que deu ao "Jornal de Letras,em Setembro de 1993:
«Na maior parte das companhias, faz-se um teatro "chato", pretencioso, que procura agradar aos amigos no dia da estreia, aos críticos, aos poderes estatais e não diz nada às pessoas, nem comunica as angústias deste fim de século.»
Nestes tempos de crise, em que muitos actores profissionais foram forçados a arranjar outra ocupação (para não passarem fome ou viver nas ruas...), era bom que uma boa parte dos encenadores e actores pensassem mais nos espectadores e menos nos seus umbigos.
Aliás, eles já perceberam que os subsídios são cada vez mais curtos, que é preciso "inventar" novas formas para conseguir passar a mensagem que, o Teatro também pode ser compreensível e agradável para o público.
O óleo é de David Adickes
Tens pouca mania tens!
ResponderEliminarOs gajos do Teatro de Almada ainda te fazem a folha. :)
não, é tudo boa gente. :)
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