quarta-feira, fevereiro 20, 2013

A Incrível e as Tardes Dançantes


Pergunto a mim mesmo, quem são aquelas pessoas que em vez de passear ou fazer outra coisa qualquer, num domingo à tarde, preferem visitar o Salão de Festas e ficar ali dançar ao som de todo o género de músicas, muitas delas revivalistas dos seus tempos dourados.

Provavelmente são muitas coisas: casais de amantes, namorados, amigos (e até aquilo que chamamos "casais à séria"...), ou simplesmente pessoas sós, solteiras, viúvas, divorciadas, que tanto podem estar ali atrás de qualquer "canção de engate" ou apenas a exercitar o corpo e a língua. 

Ou nem uma coisa nem outra. Podem estar apenas a "passear no tempo", o tal que não volta para trás. Percebe-se pelo brilho nos olhos que aqueles sons lhes enchem a cabeça e o coração de recordações.

Acabei por me sentir tentado a fazer uma analogia, pois a dança a pares, se tiver um toque mais intimista, quase que se confunde com um abraço, com o afago que falta em tantas vidas...

Há uma forte probabilidade desta foto dos anos sessenta ser do mestre Júlio Dinis...

6 comentários:

  1. Dançava tanto no meu tempo de menina e moça...
    Eram os "convívios" em Medicina, no Técnico, em Direito, eram as festividades normais, Carnaval, Passagem de Ano, aniversários de amigos/as, casamentos, etc!

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  2. Ui! O que eu gostava destas festas para dançar e ouvir música e rir e namorar...

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  3. ainda és da geração dos bailaricos, Rosa. :)

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  4. e a Graça, também.

    eu já era mais discotecas. :)

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  5. Meu pai não gostava de bailes e não deixava as filhas frequentá-los.
    Engraçado antigamente faziam-se bailes para os jovens se encontrarem e se divertirem e até às vezes arranjarem namorado. Hoje fazem-se bailes para os idosos. Há 3 anos que não vou a Lagos e não sei se ainda se fazem, mas faziam-se todas as sextas-feiras bailes no largo dos combatentes, frente à sede do Esperança. Chamavam-lhe o baile das viúvas. Os turistas divertiam-se imenso e muitos iam mostrar também os seus dotes de bailarinos.
    Um abraço

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  6. tudo isso é verdade, Elvira.

    há muito saudosismo e alegria em dançar e ouvir música neste bailes. :)

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