Esta bela fotografia de João Martins, de um ardina nas ruas de Lisboa, datada dos anos trinta do século passado, transportou-me para o mundo dos jornais, que não é indiferente à crise do país.
Aliás, à excepção dos governantes e banqueiros, não deve haver ninguém indiferente à crise...
Voltando à fotografia, aos jornais e aos ardinas, que ressurgiram com a proliferação dos jornais gratuitos - embora tenha sido sol de pouca dura -, noto que ninguém quer fazer diferente. Aliás o único jornal diferente é o "Correio da Manhã", que quase mancha as mãos dos leitores de sangue. Os outros caminham para a banalidade, embora se perceba, já que vão reduzindo cada vez mais as suas redacções, especialmente em qualidade.
Houve uma altura que me parecia difícil o fim dos jornais de papel, hoje já não.
Talvez até seja melhor assim, são menos umas árvores que se abatem...
Há muito que deixei de ler jornais de papel.
ResponderEliminarAs notícias parecem iguais todos os dias.
O que não deixa de ser triste, Luís.
gostei da foto e do texto lúcido e real.
ResponderEliminarum beijo
:)
mas se calhar o problema não é do jornais, é do país, Adriano.
ResponderEliminarnão conseguimos sair do "buraco".
infelizmente, Pi. :(
ResponderEliminarLembro-me nos anos 60 à saída do barco do Barreiro, havia sempre um ou mais ardinas. "Olhó Séculó Notícias"
ResponderEliminarCorria até uma anedota que se bem me lembro era de um produtor de cortiça, que tendo vendido uma grande quantidade de cortiça decidira ir à capital para se divertir um pouco.Mas quando ia para sair do barco ouviu o tal pregão do ardina e como ouvia mal percebeo "Olhó cerca o da cortiça" apanhou tal medo que não chegou a sair do barco, e voltou para a terra sem ter chegado à capital.
Um abraço e uma boa semana
grato pela história do Cerca da cortiça, Elvira. :)
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