Hoje ouvi uma senhora dizer que só sabia assinar o nome. Pelas marcas do rosto, não deveria andar longe dos oitenta anos. Contou que quando chegou a Almada já era uma mulher casada, mais preocupada em criar os filhos que em aprender a ler e escrever...
A escola dos nossos pais e avós era muito diferente da dos nossos dias.
Poderia falar das salas de aula em que os alunos tinham de levar um banco de casa, se queriam estar sentados... Mas ainda havia pior. Em muitas aldeias do interior as crianças para frequentarem a escola tinham de andar mais de uma dezena de quilómetros, ainda por cima por caminhos que se tornavam intransitáveis no Inverno.
Ou seja, em muitos lugares o normal era não ir à escola, pelo menos com regularidade...
Esta fotografia é de Georges Dussaud, lá para Trás-os-Montes, onde existiam muitas escolas, quase perdidas.
Mesmo diferente...
ResponderEliminarÉ verdade amigo. Minha mãe também pouco mais sabia e foi meu pai que lhe ensinou a ler. Ele tinha andado dois anos na escola mas era pouco mais velho que o filho dos patrões e este gostava de lhe ensinar e meu pai gostava de aprender. Minha mãe nunca foi à escola, pois na idade da escola foi para o monte guardar o rebanho dum dos senhores da terra.
ResponderEliminarE quanto às escolas estamos conversados. Eu andei numa escola na Telha até à 3ª classe. Era uma antiga vacaria que foi adaptada para escola. Uma divisão com uma porta larga e apenas uma janela que foi aberta aquando da adaptação Nessa escola estudavam crianças de ambos os sexos e da 1º à 3ª com apenas uma professora cuja secretária estava situada junto à janela. Não havia seguer casa de banho. Da sala havia uma porta para uma outra divisão onde onde havia uns potes de barro, que servia para nos aliviarmos das nossas necessidades fisiológicas, e que eram depois despejados numa camioneta camarária que vinha todos os dias e a que chamavamos "A pipa".
Um abraço
sim, Laura.
ResponderEliminarquase triste.
grato pelos exemplos, Elvira.
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