segunda-feira, agosto 27, 2012

Absurdos ou Talvez Não...


Nós humanos sempre fomos demasiado controversos e perdulários em relação a tudo o que nos rodeia. Isso poderá explicar um pouco a preferência de tanta gente, em navegar no erro, muitas vezes apenas porque sim.
Este comportamento também explica, em parte, as razões pela qual nunca conseguimos perceber o verdadeiro sentido da palavra Liberdade. Talvez seja por isso que a utilizamos tantas vezes como "bóia de salvação" e também como "tampão" dos nossos erros...
Houve três acontecimentos esta semana (embora um deles, o mais grave em consequências trágicas, já venha de trás...), que marcaram a discussão pública, em todos os lugares, fazendo quase esquecer a "derrapagem do défice" do governo, quase...

A privatização da RTP  é, aparentemente, o caso mais absurdo, com a figurinha mais marciana do PSD, o Borges, a ser encarregado de lançar mais uma  "nuvem" de nada, ao colocar a possibilidade de se "oferecer" a televisão e a rádio pública, a quem quisesse, juntamente com os milhões da taxa que todos pagamos, metida na factura da electricidade. Esta é a forma mais usual de se conseguir obter algo, entendido até aí como inaceitável: lançar para a opinião público algo ainda mais absurdo e improvável.

Embora se tenha passado em Espanha, não consigo perceber como é que é possível receber a destruição de uma obra de arte do século XIX, por uma senhora idosa, que resolveu armar-se em "restauradora de arte" (perante o silêncio e a aceitação da comunidade religiosa local...) com sorrisos e participar na romaria que se criou à sua volta, como se fosse a coisa mais natural do mundo. 

O terceiro caso é o mais grave, porque fez várias vitimas nas últimas semanas, inclusive mortais. Refiro-me à manutenção de cães de raças perigosas e mortais, no espaço público.
É provável que a solução que preconizo para este problema seja radical, mas não encontro outra. Se eu não posso ter um leão ou um tigre em casa, os senhores que prolongam a sua virilidade, através destes animais, também não os podiam ter, muito menos na varanda do apartamento.
Estranho é o silêncio das associações de defesa de animais, que fazem manifestações junto às praças de touros, pelo comportamento bárbaro dos seus semelhantes, que se revém na chamada  "festa brava". Gostava de saber o que pensam do assunto e que soluções têm para nos oferecer.

De certeza que Liberdade não é delapidar o património do Estado - mesmo que seja realizada por um governo aparentemente democrático -, destruir Arte pública ou utilizar animais perigosos para satisfação do ego.

O óleo é de Nathan Durfee.

4 comentários:

  1. Subscrevo, Luís!
    Os três exemplos que dás são paradigmáticos dos dias que vivemos!
    Vale tudo! :-((

    Abraço

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  2. dias muito complicados, Rosa. :(

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  3. Que posso eu dizer, senão que estou inteiramente de acordo?
    Um abraço

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