O pudor não é apenas um palavrão esquisito, é muito mais que isso.
Tanto pode lutar contra nós, para que tenhamos o comportamento de "meninos do coro", como ainda é capaz de nos "castrar", de nos fazer apagar estórias que queriam ser muito mais que ficções.
Algumas vezes dou por mim a pensar, como seria eu se não tivesse sido educado segundo a "moral católica" e não chego a conclusão nenhuma.
Nem sequer sei se seria mais livre. Talvez fosse mais vazio. Ou talvez não, talvez partisse em busca do sentido das coisas, com mais cepticismo. Digo isto porque a ideia de Deus acaba sempre por explicar o que não tem explicação nenhuma, mesmo que seja pouco credível.
Por outro lado há quem não tenha qualquer religião e cultive o pudor.
Acho que fazemos muita confusão entre os valores éticos e os valores da "fé". Esquecemos-nos que a ideia do bem e do mal não é um exclusivo das religiões. Provavelmente a filosofia fez mais por ela que todos os "credos" que nos condicionam, directa e indirectamente.
O mais curioso neste texto, é que não era para escrever sobre o Pudor, mas sim sobre as Lendas que nos "vendem" aqui e ali. Sobre os "milagres" que resistem e que se agarram à história dos lugares, de uma forma incrível.
Sim, porque foi impossível "vender" ao meu filho de doze anos a estória da existência da marca da pata do cavalo de D. Fuas Roupinho, no Sitio da Nazaré...
Como gostei de ler!
ResponderEliminarfiz do meu pouco tempo ,tempo ,para debruçar.me sobre as tuas palavras ... e não imaginas como te compreendo ,Luís .o imaginário de uma criança de 12 anos é tão diferente......
ResponderEliminar.
um beijo
( já com saudade de reler.te = pôr a leitura em dia )
Também eu já me interroguei muitas vezes sobre o mesmo assunto e não cheguei a resultados concludentes.
ResponderEliminarOs valores éticos não pertencem a qualquer religião. Também concordo.
ResponderEliminarE entendo que o teu filho ache esquisita essa estória do D. Fuas Roupinho... Até eu acho...
Um beijo, Luís.
ainda bem, Helena.
ResponderEliminarse é, Gabriela...
ResponderEliminaré normal, Catarina...
ResponderEliminarpois não, Graça, são de toda a gente.
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