«O passeio a Espanha foi a oportunidade de ouro para o avô e a amiga se conhecerem melhor, ainda por cima fora do ambiente de "alcova".
Passaram momentos inesquecíveis nos primeiros dias, aproveitando a aventura da melhor maneira, como se o amor andasse no ar.
Visitaram museus e monumentos, frequentaram restaurantes e cafés, assistiram a espectáculos musicais e de variedades, sempre de braço dado, como se fossem marido e mulher.
Toda aquela magia só foi quebrada na terceira noite, quando o avô sentiu uma forte dor de cabeça, algo que raramente lhe acontecia. Depois do jantar preferiu ficar a descansar no quarto, sem sair à noite. Ela fez-lhe um pouco de companhia e depois disse que ia até ao bar do hotel ouvir um pouco de música. Foi e só voltou depois da meia noite...
O avô ainda resmungou, mas ela deu-lhe um beijo e desceu. Este incidente fez com que ele percebesse pela primeira vez que ela era uma mulher demasiado livre, pelo menos para a sua mentalidade e educação.
Embora ela não tivesse percebido de imediato, muitas coisa mudaram nessa noite.
O avô tentou disfarçar mas não conseguiu e a magia foi se quebrando pelas ruas de Madrid...
Regressaram dois dias depois e nada voltou a ser como dantes.
O avô não mais visitou o bordel.
Curiosamente continuou a enviar-lhe livros, duas vezes por ano, no dia do seu aniversário e no Natal.»
(é um dos possíveis finais deste "conto"... que tem como pano de fundo o início dos anos sessenta do século passado)
O óleo é de Mark Keller.
(e esta? não acharam piada ao final...)
ResponderEliminarNão sei como tinha perdido este post.
ResponderEliminarNão desgosto do final! O senhor, afinal, apercebeu-se que a “felicidade” era uma fantasia! Voltou para a sua querida esposa de tantos anos a qual pode confiar inteiramente.
sim, Catarina.
ResponderEliminare os homens continuam com medo das mulheres demasiado livres...