Este lema pescado dos "westerns" do velho Oeste americano, parece uma coisa simples, quase a soar para a banalidade.
O que é facto, é que são raras as pessoas que conseguem "viver e deixar viver", sem se preocuparem com o vizinho ou vizinha do lado (as mulheres no campo da intriga ainda são piores que nós...).
Ao principio fazia-me confusão esta filosofia. Hoje tenho a certeza que é a melhor que podemos ter, para enfrentar a rede invisível da "má língua e do código pasquim" (acho que é assim que o Veloso canta as palavras do poeta Tê...). Eles acabam por desmoralizar perante tanta indiferença...
Até os acham meio loucos.
Era o que se passava com o "Gringo", que reencontrei passados mais de vinte anos. Está quase igual, magro e seco, e distante claro, como os seus heróis.
Falámos da nossa vida, disse-lhe que entre outras coisas, também tinha escrito uns livritos, Ainda estou a ver o seu sorriso e o interesse em saber sobre o que escrevia. Comecei por dizer: «banalidades (são quase sempre...).» Mas depois acrescentei: «também escrevo umas estórias, com heróis parecidos contigo.»
Voltou a sorrir e a pensar que eu estava a brincar com ele.
Não estava, as pessoas que têm como lema, "vive e deixa viver", dão óptimas personagens. O pior é a vidinha, pouco complacente com esta filosofia.
Curiosamente, "Gringo" continua a fumar como o Clint Eastwood, com o cigarro no canto da boca...
será muito sábia esta forma de estar no meio das gentes. no que diz respeito a mexeriquices é a melhor filosofia.
ResponderEliminartambém acho, Maré...
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