«Na minha infância, antes de saber ler, ouvi recitar e aprendi de cor um antigo poema tradicional português, chamado Nau Catrineta. Tive assim a sorte de começar pela tradição oral, a sorte de conhecer o poema antes de conhecer a literatura. Eu era de facto tão nova que nem sabia que os poemas eram escritos por pessoas, mas julgava que eram consubstanciais, ao universo, que eram a respiração das coisas, o nome deste mundo dito por ele próprio.»
Sophia de Melo Breyner Andresen, Arte Poética V
que ternura Luís!
ResponderEliminare sabes, eu que sou tão "novinha" tanbém a aprendi antes de saber lêr. acho que a ensinaram como uma espécie de lenga-lenga ou cantilena, já não me recordo com exactidão. e só agora, passados tantos anos ma trouxeste à memória.
comoveste-me.
A Sophia: como temos saudades dela!
ResponderEliminarEste texto é lindíssimo e reflecte um pouco a realidade de todos os que amam as palavras.
Um abraço Luís.
Muito bem...
ResponderEliminar:)Beijinhos, Luís M.
a minha filhota também já sabe tantas cantilenas dessas sem saber ler.
ResponderEliminarnunca tinha pensado nisso, Maré.
sim, Graça, e ela era única...
ResponderEliminara Sophia, a minha poeta um, fazia noventa anos, M. Maria Maio...
ResponderEliminaro quanto admiro esta SENHORA POETA MAIOR
ResponderEliminarum dos meus verdadeiros NOBEL da literatura portuguesa
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um beijo
também minha, Gabriela...
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