quinta-feira, abril 23, 2009

O Nosso Cepticismo

Estava sentado, à espera de um café, a ver o vai e vem habitual das pessoas, que "correm" diariamente em todas as direcções, quando pensei encontrar uma das explicações para cada vez acreditarmos menos nos políticos, nos jornalistas, nos economistas, etc.

Esta nossa busca incessante do conhecimento só nos oferece mais dúvidas e menos certezas.
Estou convencido que se deixássemos de ler jornais e de ver as notícias televisivas, voltávamos a acreditar um pouco mais na natureza e essência humana. E se frequentássemos qualquer templo daqueles que nos ensinam a perdoar o próximo, ainda mais...
Claro que este aparente bem estar, este acreditar nos "vendedores de banha da cobra" modernos, apenas fazia de nós pessoas mais ignorantes e inocentes. E por acréscimo, mais felizes. O conhecimento raramente é sinónimo de felicidade.
É por isso que noto uma crescente aposta na população mais idosa, nas promessas dos partidos, quando se aproximam as eleições. Percebo que eles vão mais atrás do "canto da sereia", por várias razões (além das fragilidades próprias da terceira idade), ainda têm outros princípios, são mais encolhidos e também mais ingénuos em relação ao mundo. Vão mais atrás da palavra bonita que os jovens...
O nosso cepticismo aumenta ainda mais quando verificamos as contradições e manipulações que se fazem no mundo actual, para proteger as pessoas que se julgam (e são julgadas...) muito importantes e que possuem demasiado poder. O que se faz para esconder erros que ultrapassam a natureza humana, e até crimes, que começam a ser banalizados neste tempo de crises, como as falências fraudulentas e o desemprego forçado, que muitas vezes tem como único objectivo maximizar os lucros e não viabilizar as empresas, ainda piora mais as coisas...

14 comentários:

  1. Tens toda a razão nesta análise.Concordo mesmo, a sério.

    Espero que o café, apesar de tudo, tenha tido bom gosto...

    Beijos, Luís M.

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  2. há uma certa verdade naquilo que escreves ,Luís .e digo "certa" e não total porque ,infelizmente ,o mal é muito mais profundo e tem a ver com a ausência ( ainda ) dos verdadeiros valores
    1º. foi necessário democartizá.los
    2º foi necessário libertá.los
    3º. depois é necessário interiorizá.los
    4º. é necessário ensiná.los
    etc.....

    como o 1º passo foi muito mal dado - confundiu.se democracia com
    massificação e liberdade com libertinagem - o resultado está à vista
    serão ainda necessárias , pelo menos, mais duas gerações para que ,finalmente ,se apreendam e pratiquem os verdadeiros valores

    fico.me por aqui para não alimentar ainda mais a polémica e não tornar muito extenso o comentário


    .
    um beijo

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  3. gostei de ler... passarei mais vezes..:)

    gostei da homenagem ao grande manuel da fonseca ... hoje em dia já tão esquecido ...
    como tantas outras coisas...

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  4. A uma bonita homenagem de um grande escritor, já li as obras todas dele e que mais me marcou foi A Seara de Vento, um conterrãneo de Santiago do Cacém.
    Bjs Zita

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  5. Também quero manter a esperança nesse Abril de cravos e de horizontes...mas Abril doi, quando é sempre mais tarde e mais tarde e mais tarde...

    e o teu post é a afirmação da minha tristeza, desssa consciência dualista de in certezas.

    um grande beijo Luís

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  6. um sentimento de descrença certamente partilhados por muitos, luís. mas haja esperança e força para superar o que aqui expões. um beijo.

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  7. teve, foi "nicola", M. Maria Maio.

    o tradicional "chave d'ouro" está fechado para obras.

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  8. sim, Gabriela, o dilúvio de Liberdade deu nessa confusão e a libertinagem nunca mais nos deixou...

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  9. aparece sempre aqui pelo Largo, Teresa...

    basta ter alguma imaginação, para descobrir o Ti Manel a contar histórias num dos bancos do jardim do Largo...

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  10. sim Zita.

    gosto de todas, talvez mais de "O fogo e as cinzas" e de "cerromaior".

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  11. pensei nisso ainda ontem à noite, nos festejos de Abril, Maré...

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  12. claro, Alice. mal de nós se não tivermos esperança.

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  13. sim, falta por cá um novo 25 de Abril, com mais liberdade e mais responsabilidade, Mar Arável.

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