É este o título de uma das crónicas mais lúcidas que tenho lido, sobre a nossa relação com a Europa, publicado no "DN" de ontem, escrito por Maria José Nogueira Pinto, uma das poucas pessoas assumidamente da direita que gosto de ler.
Ela coloca vários dedos na "ferida" e analisa com rigor a forma como os nossos governantes (do PSD e PS) nos têm tratado:
«[...] Nós, por cá, nunca fomos ouvidos. Nem mesmo aquando do Tratado de Lisboa e apesar da promessa eleitoral do PS. Os argumentos para nos remeterem ao silêncio foram extraordinários, e quando os meramente processuais se esgotavam evocava-se a complexidade da matéria: os portugueses nunca poderiam votar algo que não eram capazes de compreender. Fomos excluídos do processo por incapacidade cognitiva...
Uma das piores consequências desta exclusão foi a ideia que o português comum fez da União Europeia: a do dinheiro fácil, uma espécie de bodo aos pobres a distribuir por empresas-fantasmas de formação profissional e por construtores de obras públicas, milhões e milhões enviados com o propósito de recuperarmos atrasos estruturais, mas recebidos como se não tivessem contrapartidas da nossa parte, não exigissem um compromisso sério e colectivo para o desenvolvimento do País. [...]».
Aconselho a leitura completa do artigo, disponível no site do "DN".
A fotografia não deixa de ser uma metáfora deste país, tanto dinheiro gasto em cimento, deitado ao rio (já se diz por aí que temos auto-estradas a mais), sem esquecer as grandes negociatas feitas pelo "baronato do cavaquistão" - o tempo das "vacas gordas" europeias -, para proveito próprio...
ainda acrescento
ResponderEliminara formação interessa ao estado, em duas vertentes:
1ª camuflar números
(de desemprego,de analfabetismo, etc.)
2ª é uma fonte de receita extraordinária
(é só contar o valor de 5€ de imposto de selo pago ao estado por cada formando)
e tudo o resto (tanto)é mito
e"incapacidade cognitiva" de saber governar
Julgo estámos numa época de retrocesso no tempo...talves se Luís Stau MOnteiro escrevesse algo similar "Simplesmnente há Luar"mas apenas como conceito o absolutismo,porque realmente é a nossa triste realidade.
ResponderEliminarBjs Zita
sim, os erros continuam, a mania de se tapar o sol com a peneira, continua, Maré...
ResponderEliminarmuito triste, Zita...
ResponderEliminarai ,pobre Portugal dos pequeninos......
ResponderEliminar_________________________
ps - começo por pedir desculpa ,mas tenho tido imensa dificuldade em comentar através do canto.chão - está muito lento a abrir - apesar de todos os dias passar por aqui
mas ,como há o velho aforismo popular - se não conseguires entrar pela porta ,fá.lo pela janela - eis.me ,seguindo.te ,nesta minha habitual ronda pelos "sete caminhos".....
.
um beijo
sim, Gabriela, pobre Portugal...
ResponderEliminar