Ao olhar para as sondagens que vão circulando por aí, é fácil de perceber que não há "escândalo" que resista à capacidade do nosso primeiro ministro em se "auto-vitimizar", escudando-se nas habituais "campanhas negras", "perseguições pessoais", "xicanas políticas", "mentiras", etc.
O que me irrita é que Sócrates não está a ser avaliado pelo seu papel como governador e pelo estado actual do país, praticamente pior em todos os sectores que há quatro anos, porque as reformas anunciadas (algumas das quais iniciadas) foram sendo metidas na gaveta, à medida que a data das próximas eleições se foi aproximando.
A única que permanece por aí, estupidamente, é a reforma da educação feita contra os professores (como se tal fosse possível, pelo menos com êxito e a melhoria do sector...).
Incomoda-me bastante este jornalismo rasteiro que anda por aí, à procura das "fragilidades" pessoais de Sócrates, sem focar a política desastrosa do seu governo na saúde, na justiça, na educação, na economia e nas finanças.
Só se as ditas "campanhas negras", afinal são "brancas", e apostam nas qualidades de "actor dramático" do secretário geral do PS, para vencer as próximas eleições...
O óleo, "Espanta Pardais" de José Malhoa, assenta que nem uma luva em alguns espantalhos que andam por aí, disfarçados de políticos e de jornalistas...
São estas "campanhas negras" que ele quer, para branquear todas as asneiras e teimosias da sua governação. E o povinho vai aceitar o rebuçado que ele vai dar, fecha os olhos e lá vai o homem ganhar outra vez...
ResponderEliminarBeijinho, Luís
Uma reflexão acertadíssima, mas que, infelizmente, não se refere, apenas ao que acontece agora.
ResponderEliminarBasta ver o nível de vendas dos jornais mais sensacionalistas, das revistas cor de rosa e as audiências dos telejornais que optem por títulos de notícias de abertura bombásticos, que, no fim, nada têm a ver com o conteúdo.
Os portugueses sempre sofreram de um mal nostálgico, para o qual a cura também sempre foi futebol, folclore e fogo de artifício, aumentando em muito o nr. de 'F's' que contentam este país.
E convém que continuem, distraídos da miséria, da corrupção, da justiça cega e ineficaz. Um dia que acordem, não sei do que serão capazes...
Apesar dos correctos argumentos que aqui apresentas, espero que não ganhem esta aposta...
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
há sempre oportunidade no time de alguns assuntos!!!!
ResponderEliminaràs vezes dá para desconfiar, digo eu que nada sei...
e entretanto vai-se distraindo o Zé povinho.
beijos
Tens toda a razão, mas sabes Luís, eu penso que não resultou mostrar os maus resultados deste governo e então agora, é o ‘tudo o que vier à rede é peixe’.
ResponderEliminarE mesmo assim, duvido que resulte, esta é uma terra de gente que não se deixa governar e que também não se governa, já dizia o outro …
"O óleo, "Espanta Pardais" de José Malhoa, assenta que nem uma luva em alguns espantalhos que andam por aí, disfarçados de políticos e de jornalistas..."
ResponderEliminarConcordo porque as ditas campanhas negras se desviam daquilo que é necessário chamar a atenção das pessoas.
Um abraço Luís.
subscrevo na íntegra
ResponderEliminar.
um beijo
uma leitura correcta do que se passa, luís :) mas eu prefiro as campanhas do intermarché, que fico mesmo aqui ao pé de casa :) beijos
ResponderEliminarSe eles fossem pelas políticas desastrosas, teriam que gastar mais tinta, explicar, convencer, etc. Agarrá-lo pelos botões pessoais é mais fácil, directo, não faz pensar, etc... E este país está a desabituar-se de pensar, luís.
ResponderEliminarBeijinhos
parece que sim, Maria...
ResponderEliminarquando acordarem, voltam a pedir um "Xanax", Si...
ResponderEliminarparece que o arraial já anda no adro, M. Maria Maio.
ResponderEliminarmas a maioria não deve ter, com toda a certeza.
distraindo e assustando com o "lobo mau", Maré...
ResponderEliminartens razão, Patti...
ResponderEliminartem sido assim desde o inicio, Graça.
ResponderEliminaro fulano pode não saber governar mas sabe-a toda em matéria de "propaganda"...
ainda bem, Gabriela...
ResponderEliminarpor nos alhearmos é que eles fazem o que bem entendem, Alice...
ResponderEliminarpois está, Lúcia.
ResponderEliminare é mais grave do que se pensa...