Há uns tempos que não falava com o Carlos.
Está mais desanimado que nunca porque os tipos do governo estão a empobrecê-lo para níveis que ele nunca imaginou. Até já começou a pensar em alugar um quarto da sua casa, comprometendo a sua liberdade e solidão, que fazem parte da sua essência de velho solteirão.
Sente que se fosse um tipo inteligente tinha aceitado "juntar os trapinhos" com uma das amigas fixas, que o aguardam nos bailes da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo. Mas...
Foi então que desabafou que a vida era um comboio, que passava por muitas estações, dando-nos todas as oportunidades de entrarmos, de sairmos, ou de simplesmente ficarmos por ali, a ver as carruagens a passar.
Ele não tem dúvidas que faz parte do clube dos últimos.
Passou a vida parado na "estação", a ver passar os comboios...
Ele e muitas outras pessoas...
ResponderEliminarMuita gente por um ou outro motivo o faz. E nessa gente está incluido meu irmão.
ResponderEliminarUm abraço e resto de bom Domingo
Gosto destas histórias de gente.
ResponderEliminarsem querer contradizer o teu amigo, eu digo que a vida é um palco, onde todos somos actores ou actrizes, e que desempenhamos um papel para o qual não existem ensaios nem contracenas e do qual nunca sabemos o final.
ResponderEliminaracho que eu estou como o teu amigo, triste, desanimada, assustada e espantada será a palavra exacta com o rumo do nosso País.
:)
infelizmente, Catarina.
ResponderEliminareste governo ficará na história pelos piores motivos.
é a batalha pela sobrevivência, Elvira.
ResponderEliminargente como nós, Laura.
ResponderEliminaracho que estamos todos, Piedade.
ResponderEliminara excepção devem ser os que continuam impávidos e serenos, a explorarem a crise até onde podem.
O que vale é que o Carlos tem o cãozito para lhe fazer companhia e para desabafar.
ResponderEliminarpodes crer, Adrianov.:)
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