Há muito a ideia que os "sem abrigo" são todos uns desgraçadinhos, desde velhos e maluquinhos abandonados pelas famílias a toxicodependentes e alcoólicos, sem lugar onde "cair mortos", para além da rua, claro.
Para todos nós que vivemos uma vida aparentemente normal, faz-nos confusão que alguém possa abandonar o lar, para viver por aí sem eira nem beira, apenas em nome da sua liberdade individual. Ou seja, apenas para ser quem é, e não o que os querem que ele seja.
Há vários casos destes, de gente que prefere andar perdida pelas ruas da "Grande Cidade", a ter de cumprir regras e "obrigações", que não são as suas.
É uma opção perigosa, porque a vagabundagem tem códigos e maneiras de sobreviver, que os podem afastar de vez do "nosso mundo".
Felizmente existem regressos. Eu conheço pelo menos dois que acabaram por ser bem sucedidos. Isso aconteceu por sorte, porque todos nós sabemos que o talento não é coisa que seja muito reconhecida, neste país de "espertalhaços"...
O óleo é de Óscar Bluemner.
pois é, também a mim me faz uma certa confusão...
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vidas, Piedade, escolhas voluntárias e involuntárias...
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