domingo, setembro 22, 2013

A Banalização Entre o Privado e o Público


Pedro Mexia, na sua crónica de sábado do "Atual" escreveu sobre a "privacidade", acrescentando ser um conceito que muita gente considera antiquado, fora de moda, tenebroso até.

Entre outras coisas, refere que um académico alemão (Sofsky) escreveu um ensaio, em que nos diz que o "cidadão transparente" não percebe "que haja alguma coisa a defender".

Começou logo por dar como exemplo uma conversa que teve com um amigo, mais novo, que publicou as fotos do filho recém-nascido nas redes sociais. Este aceitou a critica do Pedro, embora não a entendesse...

Eu tal como ele, penso que a privacidade não é uma virtude, é uma liberdade. Provavelmente é por isso que não tenho "faicebouque" nem morro de encantos por esta coisa linda, onde podemos contar o que fazemos e não fazemos, e claro, mostrar "a nossa vida toda" (que até pode ser apenas a que queríamos que fosse... e não a real, pois o mundo virtual presta-se para tudo e mais alguma coisa, como sabemos).

O mais curioso é que dois dias antes de ler esta crónica, tinha pensado na forma como somos controlados na actualidade (praticamente com toda a maquinaria existente...) e que a única forma de lhe escaparmos seria ir viver para uma aldeia do interior e voltar a ter uma vida quase de ermita, sem qualquer contacto com o mundo da informação, ou seja, "deixar de existir".

O óleo é de William Albanese.

6 comentários:

  1. [ não tem luz que espante a sombra que vem de dentro]


    beij0

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  2. Já muito dificilmente escapamos da aldeia global. :)

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  3. sim, só mesmo se fugirmos para trás do sol posto, Luísa.

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  4. Eu entendo a fúria, o cansaço, o sufoco, mas... eu não era capaz de dar um passo desses!

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  5. eu não teria grandes problemas, Graça.

    se os meus filhos já estivessem crescidos, era capaz de "fugir" para uma terreola qualquer, para escrever o tal romance...

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