domingo, julho 29, 2012

Aquele Sim, era o Meu Comboio...


Uma das notícias do jornal dizia que a CP no primeiro semestre deste ano tinha perdido seis milhões de passageiros.

Não achei muito estranho o número, até porque saber que nesse mesmo período, deviam ter fechado bastantes estações e apeadeiros, ao mesmo tempo que se riscaram muitos comboios dos horários, de Norte a Sul. 

A última vez que viajei neste transporte, fiquei completamente desiludido, pois tinha sido transformado num "autocarro sobre carris". Senti falta de tudo, especialmente de puder abrir a janela e ficar ali debruçado, com os cabelos ao vento a ver a terra a fugir...

Algum tempo depois, passei por um país mais moderno que o nosso, mas que mantinha comboios à antiga, ainda a vapor. Fiquei à beira da linha a ouvir o som único de «pouca-terra», «pouca-terra», «pouca-terra».
Apeteceu-me deixar ali o carro e correr para a estação para apanhar "o meu comboio", pouco preocupado com o destino...

Tenho pena que o mundo ocidental tenha a mania dos muros, das prisões e de uma vida demasiado higienizada. 

4 comentários:

  1. Cada vez mais, a tendência é para vivermos dentro de "bolhas": gaiolas visíveis ou invisíveis que nos isolam da restante humanidade.
    O pior é que muitos nem reparam...
    Beijos.

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  2. no verão do ano passadp viajei no comboio do Tua, q só funciona ao domingo, creio eu . Uma delicia: podemos ir à janela com a fuligem a entrar pelos olhos dentro, o vento a assobiar às nossas orelhas , o cabelo a fugir e a linha ali mesmo, o rio ao lado e mudamos de carruagem e de janela consoante a paisagem .
    No final , um bom banho resolve tudo !

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  3. é, Filoxera.

    fingem mais que não reparam.

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