Uma das notícias do jornal dizia que a CP no primeiro semestre deste ano tinha perdido seis milhões de passageiros.
Não achei muito estranho o número, até porque saber que nesse mesmo período, deviam ter fechado bastantes estações e apeadeiros, ao mesmo tempo que se riscaram muitos comboios dos horários, de Norte a Sul.
A última vez que viajei neste transporte, fiquei completamente desiludido, pois tinha sido transformado num "autocarro sobre carris". Senti falta de tudo, especialmente de puder abrir a janela e ficar ali debruçado, com os cabelos ao vento a ver a terra a fugir...
Algum tempo depois, passei por um país mais moderno que o nosso, mas que mantinha comboios à antiga, ainda a vapor. Fiquei à beira da linha a ouvir o som único de «pouca-terra», «pouca-terra», «pouca-terra».
Apeteceu-me deixar ali o carro e correr para a estação para apanhar "o meu comboio", pouco preocupado com o destino...
Tenho pena que o mundo ocidental tenha a mania dos muros, das prisões e de uma vida demasiado higienizada.
Cada vez mais, a tendência é para vivermos dentro de "bolhas": gaiolas visíveis ou invisíveis que nos isolam da restante humanidade.
ResponderEliminarO pior é que muitos nem reparam...
Beijos.
no verão do ano passadp viajei no comboio do Tua, q só funciona ao domingo, creio eu . Uma delicia: podemos ir à janela com a fuligem a entrar pelos olhos dentro, o vento a assobiar às nossas orelhas , o cabelo a fugir e a linha ali mesmo, o rio ao lado e mudamos de carruagem e de janela consoante a paisagem .
ResponderEliminarNo final , um bom banho resolve tudo !
é, Filoxera.
ResponderEliminarfingem mais que não reparam.
nem mais, Greentea. :)
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