Conseguimos descobrir sempre coisas novas, de forma quase sempre espontânea e improvável, nas ruas, nos becos e até nos túneis da cidade...
Sim túneis, o Metro lisboeta desloca-se ao longo de várias redes de túneis, no subsolo da Capital...
Toda esta conversa, porque foi no interior de uma das carruagens que descobri que este é o único transporte onde olhamos os outros, que nos cercam, olhos nos olhos, durante mais que um simples segundo.
Isto acontece pela ausência de qualquer paisagem urbana, nas janelas, para nos distrairmos...
Nos autocarros, eléctricos e táxis, temos o quotidiano das ruas movimentadas, com pessoas, veículos, edifícios, monumentos, etc. Nos barcos temos a beleza do Tejo e das suas margens, além da ponte e de outras embarcações que sobem ou descem pelo rio. No Metro para lá das janelas só temos a escuridão... é por isso que restam os companheiros de viagem para ver alguma luz...
O curioso disto tudo, é que só hoje é que pensei nisto, ao olhar as pessoas...
São necessárias essas viagens...
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
pois é, a paisagem em andamento é sempre a mesma... mas quando há um livrinho não se dá por quem nos observa...
ResponderEliminarbeijinhos
Até no nosso quotidiano temos a negrura dum túnel em que os olhares se cruzam sem sequer se fixarem uns nos outros.
ResponderEliminarEnfim, são os Instantes de um olhar absorto pela escuridão.
Gostei muito.
Cumprimentos.
Mesmo sem paisagem lá fora, grande parte das pessoas é incapaz de olhar para os outros.
ResponderEliminarEntão se houver um ameaço de agressão, de furto, de abuso físico sobre uma mulher ou criança, é ver como todos olham para o lado.
É o triste mundo em que vivemos.
Abraço, Luís.
"este é o único transporte onde olhamos os outros, que nos cercam, olhos nos olhos, durante mais que um simples segundo." Tens toda a razão Luís.Gostei de pensar nisto. Um abraço.
ResponderEliminar... é sim! E torna-se uma autêntica força de aprendizagem, olhar os outros durante alguns segundos...
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
és capaz de ter razão Luís.
ResponderEliminarpois, às vezes até olhamos a paisagem para não nos olharmos a nós mesmos...
um beijo
pois são, M. Maria Maio...
ResponderEliminaré verdade, Gaivota...
ResponderEliminardizes muito bem, Madrugada, são os instantes de um olhar absorto pela escuridão...
ResponderEliminarpois, nem vou falar dessa cobardia colectiva, desse assobiar para o ar, Ana...
ResponderEliminartambém nunca tinha pensado nisso, em milhares de viagens, Graça...
ResponderEliminaraté que há um clique, ou uma maior sensibilidade para o que nos rodeia...
é olharmos para o mundo em directo, "Fragmentos"...
ResponderEliminartambém acontece, Maré, muitas vezes...
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