Há muita coisa que me irrita na maneira de se ser português, mas a que considero pior, é a indiferença, o constante abanar os ombros e a vontade de passar ao lado dos problemas, como se tal fosse possível...
Podemos não gostar dos governantes da nossa terra, do nosso país, mas preferimos não votar, porque temos medo da mudança. Quantas vezes nos escondemos atrás da máxima, «para pior já basta assim». Claro que não basta, principalmente quando temos a possibilidade de alterar o rumo às coisas...
Foi esta indiferença que ajudou Salazar a construir o seu pequeno feudo, que tanto mal nos fez e continua a fazer. A única diferença nessa época, é que os que ousavam ser "diferentes", iam parar às prisões do Estado.
Hoje, felizmente, podemos ser diferentes, podemos combater a indiferença, sem correr riscos...
A bonita fotografia de um porto madeirense é de Jean Dieuzaide.
Os teus posts às vezes têm tanto sumo que se começasse aqui a escrever o que penso (e estou de acordo contigo no que toca à "indiferença" - aparente - do povo) sobre o tema terias um lençol como comentário.
ResponderEliminarPor isso não o faço. Mas um dia destes, frente a um café ou coisa parecida, quem sabe não dissertamos sobre estes temas...
Beijinho, Luís
penso que como este povo foi sempre subjugado pelos invasores habituou-se a não se sublevar
ResponderEliminarSó não somos indiferentes quando nos toca a nós pessoalmente.
ResponderEliminarDe resto.... venha alguém que se lembre de fazer alguma coisa.
Agora, queixas e refilanços? É connosco mesmo.
Pois é, Luis, e temos logo duas indiferenças - a pessoal e a colectiva; então nesta última não há senão pequenos vislumbres rapidamente esquecidos. É que os movimentos cívicos costumam ter muita força e, neste país, teriam, seguramente, um grande impacto pela sua raridade.
ResponderEliminarBfs grande.
têns razão, Luís.
ResponderEliminaré mais fácil, a muita gente "enfiar a cabeça na areia" como faz a avestruz,e acomodar-se num descarado inconsciente : " eu não tenho culpa...até nem votei!".
Acredita que são muitos, muitos.
assusta ainda mais, quando assistimos a uma grande camada da população jovem a pensar e agir dessa maneira sem pensar nas consequências que essa desresponsabilização lhes traz.
que é feito dos ideais que geram motivações para as mudanças?!!!
um beijo.
Eu sempre votei, nem que fosse em branco...
ResponderEliminarDia de eleições, lá estou caída e sempre a interrogar-me para quê.
Já sabemos do que a casa gasta, relativamente a qualquer um dos partidos representados na Assembleia.
Nenhum me alegra, actualmente.
E não há hipótese de aparecerem partidos novos que consigam impôr-se pelo voto.
E não sendo pelo voto, meu caro amigo, temos conversado...
Abraço
luís,o povo é sereno...
ResponderEliminare não são palavras do salazar...
bom fim de semana
beijinhos
mas podes escrever "lençóis", Maria.
ResponderEliminarsim um café e muitas palavras, porque não?
tens razão, Teresa.
ResponderEliminaralgumas das características de Viriato perderam-se no tempo...
e mesmo assim, tem de nos tocar forte, Patti...
ResponderEliminarsim, e a colectiva é a pior, como dizes, Helena.
ResponderEliminarclaro que são muitos. a "abstenção" ganha todas as eleições, Maré...
ResponderEliminareu também voto sempre, Ana. e também já votei em branco.
ResponderEliminarvoto por mim e pelas vezes que os meus avós e os meus pais não puderam votar...
sereno demais, Gaivota...
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