Ontem também se comemorou o aniversário do nascimento de Natália Correia (1923 - 1993).
É por isso que vos ofereço o seu "Auto-Retrato" (in Poemas, 1955):
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Bela e inesquecível Natália!
ResponderEliminarAbraço
"Por vezes fêmea. Por vezes monja.
ResponderEliminarConforme a noite. Conforme o dia."
Uma voz que faz falta, a da Natália. Um abraço.
Sempre excessiva, sempre fogosa.
ResponderEliminarE insubstituível, certamente.
Belíssima homenagem.
ResponderEliminarA uma Mulher Inteira!
Beijihos
Nunca será esquecida.
ResponderEliminarUm abraço.
Bela, forte, inteligente e inesquecível, Rosa...
ResponderEliminarFalta sim senhor, Graça.
ResponderEliminarNão tinha "papas na língua", nem se intimidava que ditadores de gosto ou de outra coisa qualquer...
É única, Sininho...
ResponderEliminarCom essa palavra disseste tudo, Maria.
ResponderEliminarNatália era de facto uma mulher inteira.
Penso que não, Maria P.
ResponderEliminarDaqui a algum tempo a sua qualidade poética será mais estudada e valorizada.
a Mulher intensa que "arquejava" setas e palavras e palavras como farpas no saudoso Botequim...
ResponderEliminarcompanheira de mil dias de juri de poesia...:)
a saudade. sempre.
um beijo Luis Eme.
/piano.
A mulher intensa...
ResponderEliminarmesmo a "horas tardias"...
Gostei da visita.
a visita foi só um retorno. enquanto o piano repousa.
ResponderEliminar____________________.
abraço.