quinta-feira, novembro 02, 2023

Políticos que são cada vez mais actores do "fingimento" e da "mentira"...


Eu sei que não devia, mas continua a fazer-me alguma confusão que ainda existam pessoas em fila - algumas em bicos de pés - à espera de um convite para qualquer cargo político.

Dando o salto para o governo central, o que espera esta gente é "cumprir ordens" e ser a "voz do dono" do primeiro-ministro. Se alguns não têm competência para mais nada (percebe-se à légua que não dizem o que sabem nem sabem o que dizem...), outros não são tão maus como os pintam.

Além de serem cargos bem remunerados (já não se ouve um ministro a dizer na televisão e nos jornais que "perde dinheiro" como o doutor "pintelho"...), se pensarmos no vencimento médio de um cidadão português, oferecem-lhe visibilidade e mordomias que valem "mais que tudo". Sim, não se podemos esquecer que algures, há uma terra, onde vive um "pai do ministro", um "tio do ministro", a "sobrinha do ministro", e claro, "a prima do ministro"...

O resto é o menos importante. Governar na visão de António Costa é "entreter", jogar com as palavras (mesmo que possa existir algures um Pedro Nuno Santos que o deixa "possesso", por não lhe dar muito espaço para a fabulação...).

É a única explicação que encontro, por exemplo, para que este governo não chegue a qualquer entendimento com os professores e os médicos. Até porque estamos a falar de ministros que conhecem bem os dossiers, os corredores dos ministérios e até os sindicalistas, porque antes de serem os responsáveis máximos destas pastas, já foram secretários de Estado da Educação e da Saúde...

O que é grave, é perceber-se que a alternativa política que existe, não oferece nada de novo às pessoas. Olha-se para Montenegro e percebe-se que é mais um artista da arte do "fingimento" e da "mentira"...

(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)


5 comentários:

  1. E a nossa frustração relativamente a estes políticos (pseudo-democratas) é quase total e começamos a sentir que estamos a ser enganados há muito tempo.

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    1. Ao contrário de outras vezes, desta vez parece que há dinheiro, não existem é as reformas necessárias nem a valorização do trabalho das pessoas, para que o país cresça, saudavelmente, Severino.

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  2. As mordomias são, por vezes, superiores ao vencimento.

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    1. Penso que é o que acontece entre nós, Catarina.

      (além das vaidadezinhas...)

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  3. Precisam-se com urgência de políticos com senso comum, e com garra para pôr em ordem a política nacional. E claro que quando refiro garras, não me refiro a ditaduras, mas a esforços para fazer a mudança.
    Abraço e saúde


    À margem:
    Estou de volta embora não saiba até quando pois a minha saúde continua muito periclitante. Ontem iniciei novo tratamento e fui encaminhada para o Hospital do Barreiro e o Hospital de Santa Marta. Preciso fazer duas cirurgias que do modo que as coisas andam, no SNS, não serão para breve. Enfim, quando envelhecemos a saúde vai desaparecendo.

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