terça-feira, novembro 27, 2018

«Bom Dia Cinema Italiano»


Quem gosta de conversar sobre as culturas comentou com alguma naturalidade o desaparecimento de mais um Mestre do cinema Italiano, e Europeu, Bernardo Bertolucci. Mesmo os que só o conheciam de "O Último Tango em Paris", um dos filmes mais vistos e revistos  no calor da Revolução de Abril, quando as senhoras de negro, entre outras coisas, fingiram deixar de criticar as mulheres que usavam saias ligeiramente acima do joelho.

Houve alguém mais pessimista (o Carlos segundo) que falou na colocação de mais um prego no cinema europeu. Eu não concordei, e o Gui também não.

Ambos sabemos que quando desaparece um realizador (ou um escritor...) a sua obre emerge, mesmo que seja apenas por breves momentos. Pelo menos durante esta semana vai-se falar do Tango mais popular do cinema, mas também do "Último Imperador" e com sorte de outras obras, como "1900", "Os Sonhadores" ou "O Conformista".

Neste caso especial parte-se ainda para o "geral", recordam-se outros "monstros sagrados" da Sétima Arte, que deram luz e movimento aquela que continua a ser a "melhor escola de cinema europeia": Fellini, Rosellini, Antonioni, Visconti, Tornatore, Scola, Pasolini, de Sica ou Leone (quase que me apetecia meter Scorcese nesta lista...). Assim como os seus melhores filmes italianos.

Mesmo que seja apenas por um dia, quando um realizador ou escritor desaparecem, a sua obra ganha vida (e como acontece com os cidadãos anónimos, ele também se torna melhor pessoa...).

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