sexta-feira, maio 18, 2018

A Secura (de palavras)...


Ando num daqueles períodos em que não sinto muita vontade escrever. De vez em quando acontece.

Desculpo-me com as ruas, que estão cada vez mais silenciosas, tal como os transportes e as paragens, cada vez com mais gente presa ao "rectângulo mágico"... ou seja, a paisagem humana não tem sido muito inspiradora.

Mesmo quando atravesso o rio e passo por Lisboa, noto  que mesmo as coisas aparentemente banais estão a mudar demasiado rápido. 

Não é apenas o facto de se estar a tornar inglesa, francesa (e até chinesa, entre outras coisas...). Com todas estas transformações nem sequer temos tempo de aprender todas estas línguas...

(Fotografia de Luís Eme)

8 comentários:

  1. eu não sou de intrigas :p mas a secura de palavras não virá de uma outra secura?
    de qualquer modo (e não, não quero ensinar o padre nosso ao vigário) a escrita é um ofício, cada vez mais me convenço disso.

    Abraço Luis

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    1. Não sei de que "secura" falas, Maria.

      Algo que é importante para a escrita é a leitura. Há vários anos que não lia tantos no começo do ano (já li 17 desde Janeiro...). Mas também é importante a vida dos outros, aquilo que "roubamos" aqui e ali. :)

      A escrita é um ofício e também um "prazer doloroso". :)
      livros

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  2. "Ando num daqueles períodos em que não sinto muita vontade escrever." Que bom.

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    1. :))

      (pelo menos agrado a alguém, ainda que seja anónimo, ou seja, ninguém)

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  3. Luís, fora das obrigações que temos de cumprir para a vida girar, só devemos fazer o que nos apetece e dá prazer. Com esta escrita deve ser assim, acho.

    Às vezes acontece-me haver confusão entre a falta de vontade de escrever e a dificuldade em encontrar uma forma confortável de dizer o que tenho vontade.

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    1. Mas quando escrevemos todos os dias, quando sentimos que a "imaginação" está distante, sentimos que falta qualquer coisa, Isabel...

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