quarta-feira, abril 15, 2015

As Nossas "Ilhas" (raras) do Jornalismo


Tinha pensado escrever algo sobre a morte do jornalista, Tolentino de Nóbrega, que a par de Lília Bernardes, foram  as duas maiores  "pedras" no sapato do longo "reinado" de Alberto João Jardim, que sempre se achou o máximo em frente dos espelhos mentirosos onde se mirava, mesmo que não passasse de um tirano populista, capaz de fazer tudo para se manter no poder... 

A minha ideia era falar do seu exemplo como jornalistas, gente sem preço, cujo quotidiano foi sempre  lutar contra as barreiras (nem sempre invisíveis) colocadas por quem prefere piscar o olho a uma boa mentira e nunca a uma má verdade...

Só tenho pena que os seus exemplos sejam cada vez menos seguidos nas cidades deste país, onde é extremamente difícil manter um jornal regional, livre e plural. Tudo porque os poderes não gostam de contraditório e proíbem  qualquer tipo de publicidade nos jornais que cheiram a Liberdade (condenando-os à ruína...).

Isso explica o porquê de Almada - um concelho com aproximadamente 150 mil pessoas - não possuir um único jornal. É muito melhor investir num boletim municipal cheio de notícias felizes que dar a mão a uns "infelizes" incómodos, capazes de cuspir na própria sopa...

A ilustração é de Loui Jover.

2 comentários:

  1. "Os ventos que as vezes tiram
    algo que amamos, são os
    mesmos que trazem algo que
    aprendemos a amar..."
    AbraçO

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