sexta-feira, março 13, 2015

Bombista? Pistoleiro? Não. Apenas um grande jornalista.»


Num país onde cada vez se pratica menos o jornalismo de investigação (para não falar de outras coisas, pois as polícias praticamente só investigam as denúncias anónimas que recebem...), é bom existir um jornalista (José António Cerejo) e um jornal ("Público") que são capazes de andar meses a fio atrás do "onde, quando e (sobretudo) o porquê" da notícia, sem se preocuparem se o protagonista é o primeiro-ministro ou o presidente da república.

Ainda que o Cerejo seja bom a largas "bombas" e a "disparar" em todas as direcções, ele é sobretudo um grande jornalista.

Ao contrário de muitos juizes que querem ser o foco das notícias, aparecer na televisão, nos jornais, etc, como se os fossem "justiceiros de Lisboa" (aposto que até gostavam de ter uma série televisiva...), ele apenas quer que a sua notícia seja capa de jornal ou abra o telejornal. E felizmente tem o conseguido muitas vezes.

Declaração de interesses: não conheço o José António Cerejo de parte alguma, nunca falei com ele, nem sei se é gordo ou magro, velho ou novo (consegue ser mais discreto que muitos daqueles que também apenas devíamos conhecer de nome...). Sei apenas que é um dos melhores jornalistas do nosso país.

O óleo é de Heitor Chichorro.

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