Domingo quente, mais quente do que o costume na recta final de Agosto.
Muita gente de férias, mesmo assim a esplanada do café enche-se.
Fala-se de coisas banais procurando esquecer outras banalidades. Quase ninguém ousa falar do Benfica ou do Sporting, muito menos da Selecção. O Necas continua a banhos nos algarves e não incomoda ninguém - é praticamente o único dragão da rua, a festa que deve fazer a Sul com estas derrotas dos "lagartos" e dos "pardais"...
Mudando de cenário, de Sócrates e Passos Coelho, também se diz pouca coisa. Está tudo farto da mesma lengalenga, de se fazerem sacrificios para nada, de não se vislumbrar no horizonte nenhum "salvador da pátria".
A única excepção à banalidade acabou por ser o meu vizinho que deixou sair num tom de voz mais alto: «para que é que afinal pago os impostos, pá?», numa conversa mais acesa que despertou a atenção das outras mesas, inclusive a minha.
Mas ele não estava preocupado com o país, mas sim com a higiene da sua rua (a tal que já falei no "Casario"), com a lixeira a céu aberto que está a menos de quinze metros da janela do quarto, no primeiro andar.
Olhei para sitio nenhum, farto de saber que temos as vistas curtas, que só nos preocupamos com as problemas, quando nos batem à porta.
E também não lhe vale de nada chamar nomes à presidente e aos rapazes que a rodeiam, pois além de estarem de férias, têm ouvidos selectivos como o Sócrates ou outro "vendedor de banha da cobra" que se preze.
Este café é do grande Van Gogh.
Este ano tive a oportunidade de apreciar muitos quadros de van Goeth, incluindo “A Noite Estrelada sobre o Ródano” mas não “A Noite Estrelada”, com muita pena minha.
ResponderEliminar... e a noite estrelada também se pode ver neste quadro que o Luís muito bem escolheu para o post e em noites de céu estrelado não “dá” mesmo para se falar sobre politiquices ou “futebóis”!
van Gogh... obviamente.. : (
ResponderEliminardeixemo_nos de politiquices
ResponderEliminarvalha_nos o café de van gogh!
dá para falar de tudo, Catarina, na ausência de temas mais interessantes...
ResponderEliminarsim, mas na ausência de vida própria (o que mais existe entre nós, Ivone...), fala-se do que está mais à mão.
ResponderEliminareste Verão foram fogos, futebol, justiça e política, claro.