Estava indeciso, se devia perder tempo ou não, a escrever sobre mais um caso de violação do segredo de justiça. Mas este é mais grave que todos as outros, porque estou a falar de um processo interno, realizado apenas no interior dos corredores da justiça.
Só espero que não venham culpar mais uma vez os jornalistas, por alguém lhes ter fornecido dados para as notícias divulgadas ontem na televisão e hoje nos jornais, antes do Procurador Geral da República tomar qualquer posição sobre o assunto, já que o Plenário do Conselho Superior do Ministério Público, onde se discutiu o relatório, só se realizou hoje de manhã...
Porque afinal sempre houve pressões no caso "Freeport", e segundo o que já li, mais graves do que se poderia imaginar.
Mas grave, grave, é perceber que hoje é impossível guardar segredos sobre a justiça no nosso país.
E não continuem a culpar os jornalistas. Nunca como hoje se encontraram tantos juízes e procuradores, a discretar nas páginas dos jornais e nas televisões. Gente que há uns anos era quase anónima e só costumava falar no interior das salas de audiência...
Este caso também ajuda a perceber porque não nos devemos admirar que autarcas, dirigentes desportivos, políticos, etc, acusados de corrupção activa e apropriação de bens indevidos, sejam absolvidos, quase sempre pela mesma razão, falta de provas...
O mais grave de tudo isto é sabermos que há dinheiros a escorrerem para pagar silêncios. Dinheiros de todos nós. Em vez de se fazer justiça, paga-se o silêncio. E não é só no caso fripor (que a outra palavra já enjoa...)
ResponderEliminarBeijinho, Luís
Luís,
ResponderEliminarChegamos ao ponto do vale tudo!
E pensar que o último reduto - a Justiça - está podre!!!
Que nos resta?
Um abraço
pois...não sei o que se pode fazer.... perante isto !
ResponderEliminartalvez apagar tudo com uma borracha forte
e desenhar tudo outra vez...
Vejo-me obrigado a culpar os meios de comunicação social por todas as notícias publicadas apenas com o objectivo de chamar a atenção dos leitores, através da absorção da credibilidade das pessoas.
ResponderEliminarEm relação aos casos de pura discretação, penso que quando esses funcionários da função pública por si referidos dão entrevistas, no dia a seguir a publicação das mesmas aparecem escritas de outra maneira.
Embora a liberdade de expressão seja um direito, esta não deve ser vista como um excesso da política de privacidade de determinados cidadãos.
Afinal o que é a verdade?
Não me leve a mal, mas é apenas a minha opinião :)
Saudações
Diz-me o dicionário que "pressão" é "a grandeza física definida pelo quociente entre a força e a área da superfície onde essa força se exerce".
ResponderEliminarManda quem pode e quem tem força.
E a "área de superfície"(leia-se Cândida Almeida, por exemplo), achana-se.
Vamos a ver em que é isto vai dar...
No costume, Luís.
Beijinho
o mais grave são as histórias que nos escapam, Maria, dos tais silêncios que falas...
ResponderEliminarpouco, Meg, muito pouco, infelizmente.
ResponderEliminarse fosse possível, era uma solução forte, Teresa...
ResponderEliminarCarlos Cláudio, a questão não é nada simples.
ResponderEliminarou se muda tudo, deixa de haver segredo de justiça e os tribunais e o ministério público destribuem comunicados, para que exista apenas uma versão dos casos, ou tem de blindar de uma vez por todas o edifício da justiça.
culpar os jornalistas é demasiado simplista.
o problema é que há vários tipos de pressões, Ana, algumas aceites com toda a normalidade...
ResponderEliminarsomos um país a brincar, Luís.
ResponderEliminarEm quase tudo.
Sabes? ando tão enjoada! e garanto que não é gravidez.
beijos para ti.
em quase tudo, Maré...
ResponderEliminare mudanças, nem vê-las.