quinta-feira, janeiro 15, 2009

O Estado Não Somos Todos Nós...

Claro que o Estado não somos todos nós, como muito boa gente pensa. São até muito poucos aqueles que se podem armar em “estado”, que se revela sempre mau pagador, embora quando toca a receber, esteja logo preparado para accionar os famosos juros de mora.
Infelizmente vivemos numa sociedade estatal, onde ministros, secretários de estado, presidentes de câmara, vereadores, etc, passam a vida a usar e abusar destes conceitos demasiado pessoais de se governar em democracia.
Tudo isto vem a propósito do senhor reformado que teve de cortar o indicador no interior do tribunal, para que o seu caso pessoal, viesse hoje escarrapachado em todos os jornais.
Infelizmente casos destes fazem parte do dia-a-dia dos tribunais, com tantas expropriações sem sentido, de Norte a Sul, que além de destruírem parte dos sonhos de muitos portugueses, não lembram ao idiota mais chapado (a excepção são as realizadas por alguns caciques locais, capazes de mudar a direcção de qualquer estrada, para retirarem dividendos pessoais, muito bem caricaturados pelos “Gatos” na rábula do Valentimtim...).
Só que são raras as vítimas deste “estado”, que decidem cortar um dedo à frente de uma juíza em desespero de causa...
O óleo é de Andre Lhote...

12 comentários:

  1. É preciso mesmo chegar a um ponto de desespero para o fazer...

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  2. É terrível chegar-se a este extremo!

    Abraço

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  3. Há muita gente desesperada neste país onde em vez de governarem se governam...
    Um abraço Luís.

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  4. TENHO ESTADO AUSENTE...
    Os problemas com a m/sobrinha têm sido a causa do meu afastamento.
    Ela tem estado muito mal, no início da semana teve uma paragem cardíaca e teve que ser operada, com apenas 26 anos!!!
    Agora está um autêntico vegetal, ligada a tudo que é máquina...

    Mas, hoje decidi visitar alguns dos blogues amigos e cá estou.

    Aquando da minha viagem à Índia (estava lá há 2 meses atrás) houve tempo para aventuras, turismo e Solidariedade, como podes constactar no meu ultimo post.

    Bom fim de semana.

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  5. desespero não falta por aí, Maria...

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  6. por isso é que o sentimento de revolta cresce, Graça...

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  7. é uma situação que me deixa sem palavras, Tulipa.

    a vida é demasiado injusta...

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  8. o traçado da A 29, depois de muita discussão que atravessou governos, "lavou" muita roupa e ficou com mais nódoas ainda, deixou por estas bandas,
    gente que conheço com as vidas destruidas...

    em nome de interesses que se camuflaram e não tarda nada aparecerão à vista de todos.

    é o país que temos!

    bjs, luís

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  9. tem sido sempre assim, Maré...

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  10. Esta situação teve duas vertentes:
    a primeira foi o desespero que leva alguém a atingir este nível de auto-mutilação.
    A segunda foi a mais referida nos noticiários e que não deixa de ser preocupante: a falta de policiamento e de segurança nos tribunais.
    Se este homem tivesse degolado a juíza, em vez de cortar o próprio dedo era o cabo dos trabalhos (sobretudo para a juíza).

    Abraço

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  11. duas situações que estão mais interligadas do que se pensa, Ana, e que podem originar casos graves, sem ser a auto-mutilação...

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