Queria escrever sobre qualquer coisa alegre, feliz, para fugir a este tempo amargo.
Queria escrever um sorriso.
Só não sabia como escrever esta palavra, capaz de encher uma sala silenciosa e estupidamente triste, de alegria, quando se trata do sorriso de criança.
Esta é uma das vantagem de se ter filhos ou netos, para quem a vida ainda é a brincar...
Podem faltar outras coisas, mas os sorrisos, não.
A fotografia é de Eduardo Gageiro, do álbum, "Estas Crianças Aqui", complementado com as palavras de Maria Rosa Colaço.
Recordei-me deste poema:
ResponderEliminarSorriso Audível das Folhas
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Beijos e um sorriso (agora melhor), Luís M.
Lindas palavrasas as tuas, a iluminar um dia tão nevoento e triste.
ResponderEliminarAbraço
Dos sorrisos - audíveis ou interiores, da beleza contagiante de uma fotografia magnífica. Obrigada.
ResponderEliminar...comoveste-me! Muito.
ResponderEliminarum beijo
escrever um sorriso é lindo
ResponderEliminarAbraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Há palavras que só alguns as conseguem escrever e ainda noutro dia, escrevinhava sobre isso, a propósito de Garrett.
ResponderEliminare escreveste LUIS!
ResponderEliminarda maneira Maior.
um beijo.
.piano
gostei muito do poema, M. Maria Maio.
ResponderEliminaràs vezes é preciso, Ana.
ResponderEliminarpara escapar ao cinzento e ao "podre"...
é de facto bonita e contagiante, Helena...
ResponderEliminarainda bem, Maré...
ResponderEliminarsem dúvida, Miguel...
ResponderEliminaré verdade, Patti.
ResponderEliminarpelo menos tentei, Isabel...
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