Nem sei por onde comece...
Talvez pelo fim, pelo adolescente que talvez nem tenha chegado a perceber, que afinal não era à prova de bala, por ainda se encontrar dentro de um filme de acção.
Morreu com apenas catorze anos, uma idade menor, quase de criança. Não sei se com muito ou pouco mundo à frente. A única coisa que foi divulgada foi que ele já tinha uma longa folha de serviços pelo lado de fora da lei.
À distância, parece-me que ele e os amigos foram os principais culpados do que sucedeu. Apesar das idades curtas, deviam ter corpo de grandes e adorarem desafiar o perigo, em cada esquina. É a explicação para a arma virada para os polícias.
Os agentes da lei, naquele momento já não tinham muitas alternativas: não podiam fingir-se cansados de repente e pararem; fugir também era demasiado arriscado, no momento em que tinham uma arma apontada. Só poderiam fazer aquilo que faz parte dos manuais da sua profissão, disparar de modo a neutralizar o inimigo, que se encontrava armado e tentava escapar, de qualquer maneira, colocando vidas em perigo...
Parece um filme, mas não deve estar muito distante da realidade.
Em relação ao conflito na Faxa de Gaza, perdi quase todas as palavras.
É demasiado óbvio que o Hamas estava a pedi-las, quando começou a lançar "rockets" para o interior de Israel. E se o fizeram para que os israelitas decidissem atacar a sério, para perceberem que não é possível dar o golpe de misericórdia, deixando-os ao mesmo tempo mal na fotografia, em relação ao Mundo?
Pensava que a experiência de anos de "guerra" dos israelitas, já os tinham feito perceber que a violência apenas gera mais violência. E que na contagem final de mais uma "batalha", a grande fatia de mortos, palestinianos, são as crianças, mulheres e velhos do costume...
Para acabar, completamente fora do contexto, Sócrates lá conseguiu dizer a palavra "mágica": recessão.
A foto, apesar de poder facilmente ser confundida com um cenário de guerra, é de uma janela no Ginjal...
Talvez haja uns "mais certos que outros"...
ResponderEliminarHaverá lutas eternas?
Beijinho, Luís
Acontecimentos muito tristes nestes tempos em que as lutas, as guerras são um absurdo total. Gostei do teu texto, muito lúcido.
ResponderEliminarUm abraço Luís.
Vidas perdidas sempre tristemente.
ResponderEliminarComeço pela janela que constitui uma bela fotografia.
ResponderEliminarO ano começa mal.
Já o outro tinha terminado mal.
Enquanto os noticiários se enchem, agora, de imagens do eterno conflito israelo-palestino, omitem outros conflitos tão ou mais terriveis que também nunca têm fim, em África.
Cìnicamente, poder-se-ia dizer:
É tudo uma questão de agenda...
E ninguém me pergunte quem é mais culpado. A culpa é tão grande que poderia dividir-se por todos os países deste pequeno planeta em que vivemos.
Abraço
o calendário muda a agenda?
ResponderEliminarTudo parece igual!
...tristemente igual.
Achas possivel deixar-me o teu e-mail?
bjs luís.
e o meu
ResponderEliminarEmbora concorde com o teu texto, a imagem aqui faz lembrar velha frase: Uma imagem vale mais do que mil palavras, pois exibe a decadência da guerra e duma adolescência sem ideais.
ResponderEliminarBjs
TD
não tenho dúvidas disso, Maria.
ResponderEliminarsó que muitas vezes quem tem razão, dá tiros nos próprios pés, o que parece ser o caso, mais uma vez...
total, Graça...
ResponderEliminaressa é a parte pior de qualquer guerra. quem sofre sempre mais são os inocentes, Patti...
ResponderEliminartens razão, Ana.
ResponderEliminara forma como se fazem as notícias actualmente, tornou-se quase telenovelesca, é uma obscenidade.
essa é a pior das constatações, Maré...
ResponderEliminare retrata muito do que se passa na Palestina, Teresa...
ResponderEliminaruma terra onde tudo é adiado, até os sonhos...