sexta-feira, janeiro 23, 2009

O Regresso a Zamora...

Não achei muito graça a este regresso a Zamora, tão festejado.

D. Afonso Henriques, também deve ter dado duas ou três voltas no túmulo, também ele em lugar incerto, como o nosso futuro.
Um dos poucos portugueses, que teria dado um pulo grande, se a idade deixasse, seria Saramago. O Zé de Lanzarote fica sempre contente quando vê o "Sócratos" e a "Sapateiro" juntos (é assim que são tratados com familiadade na tasca de Cacilhas, que já foi da Mary, a única taberna que resiste ao tempo cá no burgo) e dá luz ao seu sonho da construção de uma Ibéria Imperial, que nem precisa de ser comunista...
O Madail dos futebois, também foi capaz de ter esfregado as mãos de contente, pela possibilidade da "estreitação" de laços entre os dois países, tal como a conjugação de uma série de negociatas paralelas, assim como alguns empresários que "crescem" encostados ao Estado...
Este dito encontro com a história, não mudou nem muda nada, porque estou convencido que Portugal e Espanha não nasceram para serem "uno", tantas são as diferenças que existem nas nossas histórias, para além dos ventos e dos casamentos "perigosos"...
Não é por acaso que o Pais Basco e a Catalunha, de vez em quanto, lá tentam dar o seu "grito de ipiranga"...
Claro que tudo isto é música, por isso é que vos deixo "O Tocador de Pifaro", de Édouard Manet...

12 comentários:

  1. Portugal tem vida própria e está bem assim.
    Cadinho RoCo

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  2. Fico com o Tocador de Pífaro que a música é pífia e, tal como tu, prefiro sempre os gritos do Ipiranga.

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  3. Gostei do tocador de pífaro...
    Um abraço Luís.

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  4. E depois ainda dizem que eu é que tenho língua viperina...
    Livra!

    Abraço

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  5. quando, há cerca de dois anos, Saramago defendeu que Portugal deveria fazer parte de Espanha, não imaginas a "revolução" que aconteceu por estas bandas. :)

    Continuo coerente...apesar de tudo!

    um grande beijo Luís

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  6. de vez em quando sai, Ana...

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  7. olha que não, Maré...

    a coerência dele rima com conveniência.

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  8. refiro a minha, Luís!
    eu continuo coerente, apesar dos pesares em relação à situação que vivenciamos.

    Saramago, desiludiu-me, enquanto individuo, quando esteve aqui em Aveiro para um lançamento de um livro, logo a seguir ao Nobel.

    foi só um mau dia ou a escapadela de o "Eu" que existe para além do escritor?!...

    bjs

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  9. digamos que ele é uma pessoa especial, com um ego do tamanho de um "elefante", Maré...

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