Disse-se muita coisa parva. Ainda há quem olhe para os comunistas como uma praga ou um vírus. Provavelmente por não conhecerem nenhum comunista...
Ao contrário do que se disse na conversa, os comunistas (pelo menos a maioria dos que conheço...) são pessoas cultas, solidárias, amigas e que gostam de ter qualidade de vida. Sim, ao contrário do que se disse, a mais que uma voz, a luta social dos comunistas é que toda a gente viva melhor e não que sejamos "todos pobrezinhos".
Foi também por isso que escolhi o exemplo das árvores como título, também a pensar no primarismo como se olha para os militantes e simpatizantes do partido.
Para mal dos pecados de todos estes "anticomunistas", o PCP parece estar também apostado em morrer de pé.
O Rui disse que a minha proximidade e amizade com os comunistas da Margem Sul, me toldava as ideias. Nova risada colectiva. Claro que lhe respondi, que era precisamente o contrário, que o que faltava a todos eles era terem um ou dois amigos comunistas.
Quando o Carlos chamou "sapateiro" ao secretário geral do PCP, sorri (o meu pai usava muito esta expressão para se referir a políticos manhosos, sem jeito para a coisa, normalmente mais das direitas...), por ele estar certo. Quando um partido tem dirigentes como João Oliveira ou João Ferreira e prefere um Paulo Raimundo, há alguma coisa de errado no interior do partido...
Felizmente, desta vez não falámos da Ucrânia ou da Venezuela. São estas incongruências que fazem com que as pessoas olhem com mais facilidade para a árvore que para a floresta...
(Fotografia de Luís Eme - Seixal - escolhi esta fotografia porque havia algum receio do Seixal passar directamente da CDU para a extrema-direita...)
Dizem algumas coisas com que não concordo, dizem algumas coisas que não consigo entender, apesar de tudo sempre me dei bem com esta gente.
ResponderEliminarOu José Saramago, num velho dia, a responder à jornalista brasileira Marília Gabriela, espantada pela sua fidelidade ao Partido:
«Não há outra coisa!...»
Também uma crónica do Manuel António Pina:
«Nunca militei no PCP. Estou talvez, por isso, à vontade para perceber a resposta de António Hespanha, ainda e sempre ao fogoso Telejornal, quando lhe perguntavam se iria, também ele, abandonar o PCP: «Sabe, ensinou o professor, eu nunca ganhei nada com o PCP, nem o PCP comigo; o nosso casamento não foi, de todo em todo, um casamento de conveniência; se fosse, seria bem fácil dissolvê-lo, mas um casamento de amor, esse não se dissolve com facilidade…»
Normalmente voto na CDU, sabendo que não é a perfeição, mas mesmo assim, é onde me sinto mais próximo, Sammy.
Eliminar(é curioso, nas vésperas das eleições ando indeciso, mas no dia do voto, nunca tenho dúvidas...)
Quando temos o papelinho na mão e procuramos o quadrado para pôr a cruz os nossos olhos só procuram, de alto a baixo, aquele em que afinal não temos dúvidas.
ResponderEliminarNo meu caso pessoal é assim, Severino.
EliminarMas admito que devem existir dúvidas que se prolongam mais no tempo...