sábado, novembro 16, 2024

Fingimos que não, mas já anda por aí um mundo diferente...


Penso que é a primeira vez que escolho a resposta a um comentário, como título de um texto por aqui, no "Largo".

Isso aconteceu por estar a pensar em coisas próximas, que acabaram por me levar a comentar desta forma: «Fingimos que não, mas já anda por aí um mundo diferente...»

Muitas vezes, estamos tão próximos das transições, que passamos por elas sem olhar para elas, mesmo quando quase "nos tocam"...

Do que não tenho qualquer dúvida, é que, o que vem aí, em vez de nos facilitar a vida, só a irá complicar mais. E não estou apenas a falar da "inteligência artificial" (que será de grande utilidade para quem não gosta de pensar e criar, pela sua própria cabeça...). 

O que é mais incompreensível, para mim, é reparar que há demasiados países na europa a suspirarem por "salazares", "hitleres" e "stalines"...

Será que esta gente anda toda com medo da liberdade (dos outros, claro)? Ou será que estão cansados desta (falsa) democracia?

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


4 comentários:

  1. Não creio que seja assim.
    Nunca houve época em que a liberdade individual seja mais regulada por leis, modas e activismos, dispondo de meios de propaganda e propagação que fazem a violência das ditaduras do passado tosco e ineficaz processo só afectando uma minoria.
    Essa percepção de condicionamento induz a ambição de uma qualquer libertação...

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    1. Mas isso também é liberdade, com muitas possibilidades de escolhas (daí a necessidade de regulação...).

      Os perigos surgem nos tais meios de propaganda (esses pouco regulados) e da difusão de mentiras, que coloca tudo e todos em causa.

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    2. Traduza-se ‘condicionamento’ por permanente instar o reconhecimento da incerteza dos valores em vigor; os valores propostos para outro tempo e circunstância são exigência de liberdade.
      A libertação pela regulação requer a existência de um poder com meios mais poderosos que os disponíveis para exercer o condicionamento. Os exemplos conhecidos são referidos como autocracias.
      Menos que a regulação, o que se requer às democracias é que a competição política não se sobreponha a uma clara consensualização e sustentação de valores e factos estruturantes de um ‘modo de viver’ que seja conforme à liberdade e à tranquilidade.
      A linguagem é chave nesse processo; haverá modo mais eficaz de suscitar a diferenciação de género do que proclamar-se a todo o tempo ‘portugueses e portuguesas’?
      E todo o cretino na política o faz!

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  2. Concordo com o que escreveste. Penso da mesma maneira.
    Uma boa semana.
    Um abraço.

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