É a explicação que encontro para a colocação nestes lugares de pessoas com algum tipo de deficiência, física ou mental. Quando os problemas são motores, não existe qualquer problema, agora quando as pessoas têm dificuldade em expressar-se ou em responder com ligeireza e acerto, às perguntas que lhes são feitas, é um erro.
Sei que toda a gente tem direito ao trabalho, mas também sei que devem ser protegidas, em relação aos problemas que têm, sejam eles de dificuldade de expressão, de raciocínio ou até de sociabilidade.
O caso real com que me debati, passou-se numa autarquia. A pessoa em causa, foi incapaz de me responder ao que pretendia. Enrolava a conversa e não conseguiu responder com objectividade a nenhuma das questões que lhe coloquei. E quando acabei por lhe perguntar quem é que me poderia ajudar, com aquele assunto, disse-me para enviar um e-mail para o presidente da Câmara. Ainda lhe disse que o presidente devia ter coisas mais importantes para fazer, que receber e responder aos meus e-mails (o que estava em causa era apenas uma actividade cultural...).
E depois agradeci a atenção e virei costas.
Claro que fiquei a pensar no assunto...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
«devem ser protegidas, em relação aos problemas que têm, sejam eles de dificuldade de expressão, de raciocínio ou até de sociabilidade.»
ResponderEliminarEssa protecção, a ser justificada, deve ser sequente a dar a conhecer haver exigências a satisfazer.
Vá dizer ao tótó que o atendeu que não cumpre as exigências associadas ao lugar que ocupa; a probabilidade é que fique surpreendido, e que de seguida invoque direitos adquiridos...
O que diz não faz qualquer sentido, José.
EliminarQuando não se tem competência para um cargo, não existem "direitos adquiridos".
Há tanto incompetente em cargos da função pública - e não só - ao abrigo de tolerâncias e direitos adquiridos.
EliminarVai-se dizer a alguém que há anos faz o mesmo do mesmo modo sem que alguém reclame, que é incompetente?
Muitas vezes não são incompetentes, são pessoas completamente desmotivadas, por ganharem mal e a terem como exemplo, chefes que demonstram pouco interesse que as coisas mudem para melhor (raramente aceitam as sujestões dos inferiores)...
EliminarLá vem o abono aos coitadinhos...
EliminarÉ por essas e outras do mesmo tipo que tudo fica na mesma!
Dou-lhe um caso: um dia fiz uma queixa (há uns livros de reclamações na internet) por, estando avariados os quadros digitais nas estações dos comboios em Lisboa, não haver uma qualquer meio sonoro ou outro que dissesse que comboio chegaria e em que linha.
A justificação veio na forma seguinte: estavam os quadros digitais avariados!
Só com um encharcado nas trombas!
Não tem nada de abono aos coitadinhos. É a realidade.
EliminarA maior parte das chefias não prestam, não cumprem o seu papel, tanto ao nível da exigência como da responsabilidade.
Toda o tempo pós-Abril decorreu no saneamento e condicionamento das chefias através de páginas de regulamentos e princípios redutores de todo o arbítrio.
EliminarChefiar passou de função a arte requerendo particular talento.
Qualquer dia está a aqui a comentar que "no tempo do Salazar é que era bom"...
EliminarSó tive cargos de chefia no pós 25A, e sei do que falo.
EliminarAssociarem-me ao salazarismo sempre foi argumento de muito baldas.
Então, como agora, para quem disso quer saber, sempre digo que no tempo do Salazar houve muito de bom e de bem feito.
Está tudo dito.
EliminarEra o tempo dos chefes fracos com os fortes e fortes com os fracos...
De facto; até o Champallimaud viu anulada a comprar do BPA.
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