Encontrei-a no centro da cidade à hora do almoço. Cumprimentámo-nos apenas com os olhos, que sorriram de contentamento.
Ela sempre gostou de falar, mas agora ainda estava com mais vontade de dizer coisas. Em pouco mais de dez minutos limitei-me a escutá-la, na sua volta pelo passado recente, de que também fiz parte, em alguns momentos.
Tinha alguém à minha espera, mas não ia estragar aquele encontro, muito menos a vontade dela de comunicar, de falar de amigos comuns, das coisas que nunca mais tínhamos feito.
Fui "salvo" com a chegada de duas senhoras, uma das quais lhe deu um toque no ombro. Disse-lhe para a aproveitar a boleia até a casa... Ela sorriu e disse que sim.
Quando virei costas recordei a frase que todos sentimos e que nem sempre dizemos. E que ela disse por outras palavras: «O mundo como o conhecíamos morreu.»
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
O mundo não morreu, está em mudança mas não está moribundo!
ResponderEliminarAbraço
Mas há coisas que "morrem", não voltam, Rosa...
EliminarO tempo evoluiu. .. :)
ResponderEliminarClaro que sim, Catarina. E não há espaço para tudo. É cíclico.
EliminarEu esforço-me para manter o contacto físico com os meus amigos. Mas sei que, por vezes, é difícil! Mas eu vou à luta!
ResponderEliminarNão temos a mesma disponibilidade, Maria...
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