quarta-feira, outubro 18, 2017

A Disponibilidade (ou não) para e pelo Desconhecido...

Não sei se é a idade, se é o facto de termos uma família.

Sei apenas que raramente estamos disponíveis para conhecer alguém de quem gostámos do ar, sem precisarmos de tirar algo dos bolsos. Querer logo saber quem é... (as mulheres ainda são mais assim)

Mesmo sabendo que as melhores conversas que se podem ter é com "desconhecidos", gente que não nos interessa saber quem é ou o que fazem... só nos interessa aproveitar o momento (claro que não estou a falar de um episódio sexual...), e falar sobre o que nos apetece, sem qualquer tipo de amarras... 

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. (como as mulheres ainda são mais assim?!)

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    1. Gábi, deste a resposta, com a tua curiosidade.

      As mulheres querem sempre saber mais coisas que os homens. :)

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  2. (Passei por aqui algumas vezes, mas ainda não tinha tido tempo de escrever.)

    Luís, acontece-me ter desses encontros verdadeiramente surpreendentes, ou nem tanto, porque se pensarmos um bocado é normal fazer-se com mais à vontade uma conversa sobre um assunto muito pessoal e íntimo com um desconhecido. É que o desconhecido não tem o filtro da história da outra pessoa para o usar como medida para julgar.
    O querer saber algumas coordenadas da outra pessoa, depende do contexto e da expectativa.
    Se for um encontro fugaz nos transportes e que se pressente que será único, que ficará por ali, não me interessa saber nada.
    Se for noutro contexto e pressinta que se repetirá, e até pode ser virtualmente, quero saber mais para perceber se é pessoa que me interesse e que "valha a pena" para mim(não me interessam todas as pessoas no sentido de gostar de todas as pessoas para qualquer tipo de interacção, como já disse)e também perceber algumas coordenadas de organização da vida para evitar atropelos.
    Contudo, não tenho curiosidade de ir ao tutano da vida das pessoas, considero que não se deve perguntar/falar sobre qualquer coisa e gosto do culto de um fundo de reserva meu e dos outros, mas que não tenha nada que ver com hipocrisia ou cinismo. É muito difícil encontrar alguém que tenha esta "medida", mas os casos raros são muito bons e há que estimá-los bem.

    Não sei se, na generalidade, as mulheres são mais curiosas no que a esta questão diz respeito...
    Sei é que entre duas mulheres, há mais cobranças no jogo do contar/não contar e eu não gosto nada disso.

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    1. Ultimamente tenho menos, Isabel.

      Mas já comecei a conversar com desconhecidos em exposições, pela arte, por exemplo...

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