segunda-feira, abril 03, 2017

Um Livro (Pouco) Profético...


Embora esteja hoje mais fora, do que quando escrevi o meu primeiro romance (e único...), em que "matei um árbitro", penso que a violência no futebol não tem aumentado, como nos tentam fazer crer. O que tem aumentado, sim, é o sentimento de impunidade. Mas é algo que tem alastrado por todos os sectores da sociedade...

E acaba por ser esse "sentimento" que pode levar tudo a perder, tal como a ausência de policiamento em jogos regionais (algo completamente irresponsável e absurdo).

O caso do "Canelas" (nome mesmo apropriado para aqueles rapazes...) é sintomático, pois desde o começo da época que 12 clubes do distrital do Porto se recusaram jogar com esta equipa, por tudo o que rodeava este grupo de "gentalha", habituada a fazer as suas próprias leis, dentro e fora dos estádios e na noite portista. Como de costume, quem poderia (e deveria) fazer alguma coisa, limitou-se a olhar para o lado e a assobiar para o ar.

E é provável que não existam responsáveis (para além do agressor), apesar da gravidade da situação. Talvez ainda sejam capazes de culpar os árbitros por não escreverem o que viam nos campos onde apitavam, nem as ameaças de que eram vítimas. Eles que continuam a ser os "parentes pobres" deste negócio, se esquecermos as "prima-donas" que apitam os jogos profissionais...

Mas não cabe na cabeça de ninguém que se deixe que um grupo de "arruaceiros", habituados a esgrimir argumentos nas bancadas dos estádios, também o possam fazer dentro dos estádios como atletas, e com a mesma impunidade com que o fazem por onde quer que passam...

8 comentários:

  1. Luís, também o facto de actualmente estes casos, como outros de violência, terem mais visibilidade, faz com que se creia que exista mais.

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    1. Sim, tudo é explorado até à exaustão, até cansar, Isabel...

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  2. Poderão não ser mais, mas que são muito mais falados isso sim é verdade.
    Um abraço

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    1. Pois são, Elvira.

      E neste caso em particular aconteceu ser filmado, caso contrário ninguém teria noção da dimensão da agressão.

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  3. E, julgo eu, os actos de violência que agora acontecem são muito mais bárbaros; aquela agressão daquele animal vestido de canelas é uma tentativa de homicídio que não poderá, de modo nenhum, passar impune.

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    1. Neste caso em particular, são fulanos que gozam de impunidade na noite portuense, nas bancadas dos estádios... e que depois transferem para os estádios, esse "vale tudo", com a complacência de árbitros, autoridades e dirigentes, Severino.

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  4. E fico na expectativa da saída deste aliciante livro do Luís Eme que apenas conheço à distância mas, notei à distância, que é pessoa cá das minhas.
    Abraço e desejo de êxito com esta obra.

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    1. Severino, este livro já foi publicado em 1995, foi o meu primeiro livro e logo um romance...

      Claro que tem os defeitos de uma obra de principiante. Mas terei todo o gosto em te oferecer um exemplar. Já não sei como fizemos da outra vez, devo ter os teus contactos. Se ainda tens o meu e-mail diz alguma coisa.

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